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Iverson Moreira da Silva e o filho Alisson, barrado por conta do uniforme | /Reprodução
Iverson Moreira da Silva e o filho Alisson, barrado por conta do uniforme| Foto: /Reprodução

O Dia dos Pais foi pouco festivo para o vigilante Iverson Moreira da Silva, pai de Alisson, ambos presentes na Arena da Baixada na derrota do Atlético para o Palmeiras por 1 a 0, neste domingo (14).

Uma hora antes de começar o jogo, Silva foi surpreendido com a notícia de que o filho de nove anos, um dos premiados na promoção do clube para crianças que sobem a campo com os jogadores, não estava com o uniforme em conformidade com os padrões exigidos.

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Alisson acabou não entrando em campo. “O que passei, em pleno Dia dos Pais, foi muito triste. Disseram que a camisa licenciada da Escolinha do Atlético não era adequada”, alega Silva. “Ver o filho chorando no Dia dos Pais é de cortar o coração”.

A questão não é tão simples e quase ultrapassa a relação clube-torcedor. De fato, desde 2009, a CBF tem realizado imposições à entrada de crianças e mascotes em campo. Em tempos vindouros, o Cruzeiro chegava a entrar no Mineirão com a média de 200 crianças. Em 2015, a CBF, enfim, baixou norma exigindo que 22 crianças, no máximo, podem entrar com os jogadores, com o limite de dois torcedores-mirins por atleta.

Em nome do padrão, os uniformes dos mascotinhos deveriam ser oficiais e iguais entre si. No caso do filho de Iverson Silva, a organização do Atlético alegou que o escudo da camisa estava diferente do oficial. “Foi um absurdo. O restante do uniforme é idêntico ao rubro-negro”, define o pai.

O descumprimento da norma dos mascotinhos pode gerar multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil ao clube. O Atlético, em nota oficial divulgada em junho, alega seguir o protocolo estabelecido pela CBF. Por meio do projeto “Kids em Campo”, o Furacão ainda estabelece que, além da igualdade dos uniformes, a altura é limitada em 1,50m e a idade em 12 anos.

Em 2013, contudo, o clube divulgou nota dizendo que, para entrar em campo com o time, era obrigatório que a criança estivesse trajando camisa do CAP (oficial ou licenciada pelo clube). “Não consigo entender até agora o motivo de barrarem o meu filho. Sempre adquiri uniformes oficiais”.

A CBF, por meio da assessoria jurídica, alega que envia informes aos clubes antes das competições e cabe à instituição se adequar aos padrões, não interferindo no processo de seleção das crianças torcedoras.

De acordo com o vigilante, a assessoria de comunicação do Atlético entrou em contato duas vezes nesta segunda-feira (15), sugerindo uma espécie de reconciliação. “Pediram para que eu levasse meu filho para conhecer e passear no CT do Caju. Mas o constrangimento foi muito grande. Eu disse não. Irei entrar com um processo contra o clube por conta da vergonha que me fizeram passar”, completa Iverson.

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