Vagner Mancini faz uma visita inédita à Arena da Baixada, hoje, às 16 horas. O técnico que comandou o Atlético por seis meses, entre julho e dezembro do ano passado, e classificou o Furacão à Libertadores viu somente o estádio em obras os jogos eram realizados na Vila Capanema. Agora, à frente de um Botafogo em crise, ele finalmente vai conhecer a casa atleticana. E encontrará apenas resquícios de seu trabalho no clube.
Confira as mudanças que ocorreram no Atlético desde a saída de Mancini
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Entre os titulares de Mancini na rodada final do Brasileiro 2013 (vitória por 5 a 1 sobre o Vasco, em Joinville), apenas o goleiro Weverton, os volantes Deivid e João Paulo e o atacante Marcelo devem estar em campo hoje. Ao todo, são sete alterações na equipe, uma defesa completamente nova, mas estilo de jogo ainda semelhante. O Furacão de Doriva fica menos tempo com a bola, marca forte e usa a velocidade para atacar. Do mesmo jeito que fez na boa fase do ano passado.
Mancini, que deixou o CT do Caju com 62,3% de aproveitamento e o vice-campeonato da Copa do Brasil, não teve o contrato renovado pelo presidente Mario Celso Petraglia depois de assegurar o clube na Libertadores após nove anos. A relação entre eles se degradou após as críticas ásperas pela derrota para o Flamengo no Maracanã.
Para os ex-comandados, por outro lado, o sentimento é de gratidão. "É um treinador que merece os parabéns pelo que fez no Atlético", disse o volante João Paulo à RPC TV. "Mas hoje está no Botafogo. Vamos cumprimentá-lo no domingo [hoje], conversar... Só que dentro de campo é uma guerra e o Atlético tem de sair com os três pontos", completou o mais experiente do elenco, com 29 anos.
A juventude é uma das mudanças mais fáceis de identificar no Atlético pós-Mancini. O time que enfrenta os cariocas tem média de idade de 23,4 anos, enquanto aquele que fechou a passagem do paulista de Ribeirão Preto tinha 26,2 anos de média.
Se em Curitiba Mancini convivia com verba restrita para contratações por causa da reforma do estádio, no Rio de Janeiro a situação é bem mais grave. Repleto de jogadores experientes e caros, o Botafogo convive com problemas financeiros. Na última sexta-feira, comemorou a liberação na Justiça de R$ 2,5 milhões referentes a direitos de transmissão de televisão para pagar um mês de salários. O débito em carteira ainda é de dois meses, além de outros seis de direitos de imagem e FGTS.
"O Botafogo, hoje, briga pelo jantar. Falar algum tipo projeção daqui para o final do ano é difícil. Temos de ir jogo a jogo, fazer o melhor", disse Mancini no início da semana. Contatado pela reportagem, o treinador afirmou que está proibido pela presidência do clube de conceder entrevistas por telefone.
Apesar de duas derrotas consecutivas (Atlético-MG e Fluminense), o 10.º colocado Furacão passa por um momento sem comparação com o rival, que antes do início da rodada era o último antes da zona de rebaixamento, com 13 pontos. Mas precisa ganhar para a crise não trocar de lugar.
"Conversamos bastante por causa dos resultados negativos, mas continuamos confiando nos jogadores. Trabalhamos em cima dos nossos erros e esperamos ter uma equipe um pouco mais agressiva. Temos de ter a mentalidade ofensiva e buscar a vitória do início ao fim", decretou Doriva, que volta ao 4-4-2 no penúltimo jogo sem torcida na Baixada.
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