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 | Vitor Silva/ SSPress Botafogo
| Foto: Vitor Silva/ SSPress Botafogo

Vagner Mancini faz uma visita inédita à Arena da Baixada, hoje, às 16 horas. O técnico que comandou o Atlético por seis meses, entre julho e dezembro do ano passado, e classificou o Furacão à Libertadores viu somente o estádio em obras – os jogos eram realizados na Vila Capanema. Agora, à frente de um Botafogo em crise, ele finalmente vai conhecer a casa atleticana. E encontrará apenas resquícios de seu trabalho no clube.

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Entre os titulares de Mancini na rodada final do Brasileiro 2013 (vitória por 5 a 1 sobre o Vasco, em Joinville), apenas o goleiro Weverton, os volantes Deivid e João Paulo e o atacante Marcelo devem estar em campo hoje. Ao todo, são sete alterações na equipe, uma defesa completamente nova, mas estilo de jogo ainda semelhante. O Furacão de Doriva fica menos tempo com a bola, marca forte e usa a velocidade para atacar. Do mesmo jeito que fez na boa fase do ano passado.

Mancini, que deixou o CT do Caju com 62,3% de aproveitamento e o vice-campeonato da Copa do Brasil, não teve o contrato renovado pelo presidente Mario Celso Petraglia depois de assegurar o clube na Libertadores após nove anos. A relação entre eles se degradou após as críticas ásperas pela derrota para o Flamengo no Maracanã.

Para os ex-comandados, por outro lado, o sentimento é de gratidão. "É um treinador que merece os parabéns pelo que fez no Atlético", disse o volante João Paulo à RPC TV. "Mas hoje está no Botafogo. Vamos cumprimentá-lo no domingo [hoje], conversar... Só que dentro de campo é uma guerra e o Atlético tem de sair com os três pontos", completou o mais experiente do elenco, com 29 anos.

A juventude é uma das mudanças mais fáceis de identificar no Atlético pós-Mancini. O time que enfrenta os cariocas tem média de idade de 23,4 anos, enquanto aquele que fechou a passagem do paulista de Ribeirão Preto tinha 26,2 anos de média.

Se em Curitiba Man­­cini convivia com verba restrita para contratações por causa da reforma do estádio, no Rio de Janeiro a situação é bem mais grave. Repleto de jogadores experientes e caros, o Botafogo convive com problemas financeiros. Na última sexta-feira, comemorou a liberação na Justiça de R$ 2,5 milhões referentes a direitos de transmissão de televisão para pagar um mês de salários. O débito em carteira ainda é de dois meses, além de outros seis de direitos de imagem e FGTS.

"O Botafogo, hoje, briga pelo jantar. Falar algum tipo projeção daqui para o final do ano é difícil. Temos de ir jogo a jogo, fazer o melhor", disse Mancini no início da semana. Contatado pela reportagem, o treinador afirmou que está proibido pela presidência do clube de conceder entrevistas por telefone.

Apesar de duas derrotas consecutivas (Atlético-MG e Fluminense), o 10.º colocado Furacão passa por um momento sem comparação com o rival, que antes do início da rodada era o último antes da zona de rebaixamento, com 13 pontos. Mas precisa ganhar para a crise não trocar de lugar.

"Conversamos bastante por causa dos resultados negativos, mas continuamos confiando nos jogadores. Trabalhamos em cima dos nossos erros e esperamos ter uma equipe um pouco mais agressiva. Temos de ter a mentalidade ofensiva e buscar a vitória do início ao fim", decretou Doriva, que volta ao 4-4-2 no penúltimo jogo sem torcida na Baixada.

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