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O zagueiro Luiz Alberto sofreu um corte profundo na cabeça e deixou o Atlético ainda mais desfalcado no empate com o Vasco | Marcos de Paula/Estadão Conteúdo
O zagueiro Luiz Alberto sofreu um corte profundo na cabeça e deixou o Atlético ainda mais desfalcado no empate com o Vasco| Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo

O empate sem gols contra o Vasco, ontem, no historicamente hostil Estádio de São Januário, demonstra outro lado da guinada do Atlético no Brasileiro. Desde que assumiu o clube (15/7), Vagner Mancini transformou o Furacão em uma equipe difícil de ser superada. A invencibilidade chegou a 12 jogos e, nesse ritmo, o time fechou o primeiro turno com a melhor campanha de sua história nos pontos corridos.

Apesar de ter sido ultrapassado por Grêmio e Botafogo e cair para a quarta colocação, com 34 pontos, nunca uma virada de turno foi tão positiva para o clube. Os atuais 59,6% de aproveitamento superam, inclusive, a campanha do vice-campeonato nacional, em 2004, quando o Rubro-Negro chegou à metade da disputa com rendimento de 55,1%.

O principal mérito do treinador foi dar consistência a um time que no início da campanha era cotado para o rebaixamento e passou três rodadas no fundo da tabela. "O Mancini tem o grupo na mão. A equipe não se desorganiza, tem uma forma de jogar. Todos já entenderam que essa forma é muito boa para o time e isso tem sido valorizado. Infelizmente, a bola não quis entrar hoje [ontem], mas também ficamos mais um jogo sem tomar gol", falou o goleiro Weverton.

Não sofrer gols – situação que havia acontecido somente em casa, contra Goiás, Bahia e Botafogo – foi uma tarefa ainda mais complicada ontem. Manoel, principal zagueiro do elenco, foi cortado do grupo de última hora devido a uma amigdalite. Ele foi substituído por Dráusio, que formou a dupla de defesa com Luiz Alberto – substituí­do após cortar a cabeça em um choque com Cris (23/1.º) e ter de sair de ambulância do campo.

Assim, o lateral-direito Jo­­nas foi improvisado na linha defensiva, que já tinha o meia Zezinho como lateral pelo lado esquerdo. "O Vasco dificultou muito. Esse ponto é para ser comemorado. Além disso, a linha de zaga estava quase toda modificada. Apesar disso, o time manteve um bom nível de jogo e teve até chance de ganhar a partida", destacou Mancini.

A chance citada aconteceu com o atacante Marcelo, que apareceu livre na área e mandou para fora. Foi uma das poucas oportunidades atleticanas, já que o Vasco sufocou na maior parte do duelo. A inferioridade na posse de bola (44%), algo já recorrente no estilo praticado pelos paranaenses, porém, trouxe poucos riscos.

Weverton foi bem ao parar o perigoso Marlone e ainda contou com a má pontaria de André e Juninho. A sina rubro-negra de não vencer em São Januário aumentou para 17 partidas, mas o time volta para Curitiba ainda mais consistente.

"Viemos com o intuito de quebrar o tabu e não conseguimos. Mas não perdemos e esse ponto vai ser importante na frente", fechou o camisa 12 atleticano.

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