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Marcelo tornou-se um símbolo do acesso atleticano | Antônio Costa / Gazeta do Povo
Marcelo tornou-se um símbolo do acesso atleticano| Foto: Antônio Costa / Gazeta do Povo

O abatimento de Marcelo era visível quando ele deixou o gramado do Gigante do Itiberê, dia 21 de julho. Os dois gols feitos perdidos pelo atacante estragaram uma semana que tinha tudo para ser perfeita, iniciada com duas bolas na rede contra o Avaí. Custaram ao Atlético a derrota por 1 a 0 para o Vitória. E renderam ao jogador a indesejável camisa do Inacreditável Futebol Clube, oferecida pela Rede Globo.

Inacreditável mesmo foi a arrancada iniciada por Marcelo sete rodadas depois. Chamado para entrar na partida contra o Boa ainda no primeiro tempo, o atacante marcou os dois gols da vitória de virada sobre os mineiros, na estreia rubro-negra no Ecoestádio.

Ali, Marcelo iniciou uma série impressionante com 14 gols (tem 16 no total). Média de fazer inveja a Zé Carlos, o principal goleador da Série B.

Artilharia que se tornou símbolo da arrancada que levou o Atlético à primeira divisão e diz muito sobre a carreira do jogador. Nem mesmo o pênalti desperdiçado ontem, quando o jogo já estava 1 a 1, macula essa história de redenção.

No CT do Caju desde 2008, o maringaense Marcelo Cirino da Silva tem uma trajetória marcada por explosões espetaculares e quedas bruscas. Logo que chegou, foi inscrito na Copa São Paulo de 2009, mesmo sendo juvenil. Chamado de talismã pelo então técnico Marquinhos Santos, saiu do banco para marcar dois gols na campanha do inédito vice-campeonato.

A expectativa despertada no torneio de base fez Marcelo entrar em um ciclo na equipe profissional: era promovido, fazia alguns bons jogos, caía de rendimento e saía do time. Rotina repetida inúmeras vezes, até ser emprestado, ano passado, para o Vitória.

O retorno, em janeiro, parecia repetir a sina. No primeiro jogo como titular, com Juan Carrasco, Marcelo sofreu uma lesão de joelho que o deixou quatro meses afastado. Os gols perdidos em Paranaguá pareciam encerrar mais uma reprise. Até o chamado para salvar o Atlético contra o Boa e a inacreditável sequência.

"O Marcelo é um símbolo. Cobramos tudo dele em um jogo", resume Drubscky.

A próxima meta da carreira do atacante é ousada. "Quero ficar no Atlético e jogar a Série A. Quero ser artilheiro da primeira divisão pelo Atlético", revelou Marcelo logo após a partida que garantiu o acesso.

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