• Carregando...
Impedidos de trabalhar por causa da paralisação para a reforma da Arena, lojistas agora querem retomar seus pontos comerciais dentro da praça esportiva, mas não têm o aval do Atlético | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Impedidos de trabalhar por causa da paralisação para a reforma da Arena, lojistas agora querem retomar seus pontos comerciais dentro da praça esportiva, mas não têm o aval do Atlético| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Lojistas que administravam as lanchonetes da Arena da Baixada antes da reforma para a Copa do Mundo decidiram, em grupo, entrar na Justiça contra o Atlético.

Eles alegam que o clube quebrou o contrato de locação que existia e garantia o direito de explorar o espaço das lanchonetes comercialmente. Além de pedir a devolução da posse dos locais, os reclamantes requerem indenização para cobrir os prejuízos gerados desde o fechamento do estádio.

De acordo com Robson Ogiboski, ele e outros seis lojistas decidiram ir à Justiça porque o presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, não cumpriu com a palavra. Antes do fechamento do estádio, o cartola teria garantido a todos os comerciantes que eles teriam o mesmo direito na reabertura da Arena. "Tínhamos um contrato com o clube e em momento algum ele foi rescindido", reclamou.

Durante a campanha para as eleições do Furacão em 2011, Petraglia reuniu os lojistas e pediu apoio de todos. "Ele nos disse que se ele ganhasse, todos ficariam lá dentro. O que mais nos incomoda é a falta da palavra. Apoiamos ele na candidatura, vestimos a camisa do CAP Gigante [chapa de Petraglia], e ele não honrou o que prometeu", reclamou Caio Marcelo Cândido, outro comerciante que, embora revoltado, optou por não processar o clube.

Eram 34 lojistas antes do fechamento da Arena. Metade se reuniu e enviou uma notificação extrajudicial perguntando quando voltariam ao trabalho. O Atlético respondeu que isso não mais aconteceria, já que o contrato teria terminado.

Segundo o grupo, cada comerciante tinha um vínculo de cinco anos, renováveis por mais cinco, desde que nenhuma das partes se manifestasse em contrário. "Eles nunca se manifestaram para não renovar. Simplesmente não falaram mais nada. Tentamos conversar várias vezes, mas não nos receberam mais", disse Cândido, que assumiu a sua loja em 2004. Naquele ano o contrato foi renovado até 2009, quando acabou novamente e foi ampliado por mais cinco anos.

Parte dos comerciantes abriu mão de recorrer à Justiça. Mas, segundo Robson Ogiboski, quem optou por processar o clube pede indenização por lucros cessantes, além de perdas e danos. "No nosso entendimento o contrato está ativo. Fomos compreensivos e paramos durante a obra. Queremos trabalhar", concluiu.

A reportagem procurou o Atlético para ouvir sua versão sobre as reclamações, mas foi informado de que o clube não atende a qualquer solicitação da Gazeta do Povo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]