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Dois caminhos conduziram Atlético e Flamengo ao Maracanã hoje, às 21h50, na grande final da Copa do Brasil. Enquanto os paranaenses apostaram em um 2013 enxuto e, teoricamente, com menos exposição na mídia, os cariocas terminarão o ano com quase 70 partidas disputadas e um ganho sem-fim em termos de aparição pública. Estradas diferentes que estão a um passo de levar ao mesmo e glorioso destino.

Relembre os principais momentos da temporada de Atlético e Flamengo

Os números refletem as diferenças entre os clubes. O Furacão, que, segundo pesquisa do Ibope em 2012, tem 1,2 milhão de torcedores, foi visto em televisão aberta apenas dez vezes, entre Brasileiro e Copa do Brasil. Essa quantia é quase três vezes maior (28) no caso do Fla, dono da maior quantidade de fãs no país: 33,2 milhões, de acordo com o mesmo levantamento.

No gramado, acontece o contrário. Ao excluir o Estadual de seu calendário, o time principal do Atlético ganhou desportivamente. Com 48 jogos realizados em 2013 – 26% a menos do que o rival de hoje – a equipe de Vagner Mancini se sobrepôs aos adversários e agora chega ao fim da temporada brigando pela Libertadores em duas frentes. Já o time carioca se livrou matematicamente do descenso apenas na última rodada.

Com ou sem título, o Furacão virou exemplo para o Bom Senso F.C. em busca de mais qualidade para o campeonato. Até mesmo o rival Coritiba acena com a adoção de um time B no próximo Paranaense – ou pelo menos em parte dele.

"Foi uma atitude corajosa e inteligente, tanto que os resultados apareceram. Mas ela poderia ser mais bem divulgada, conversada com outros clubes, algo como os jogadores estão fazendo, de maneira organizada. O Atlético poderia liderar essa mudança", aponta Fernando Trevisan, diretor da Trevisan Escola de Negócios e membro do grupo Futebol do Futuro.

Para ele, a visão fechada da diretoria atleticana em relação à imprensa entra em choque com o objetivo de elevar a divulgação e qualidade da marca. "Isso repercute na percepção do valor da marca. Ela poderia ser mais conhecida além das fronteiras do estado, já que não é um time que tem torcida espalhada pelo Brasil inteiro. Poderia se conseguir mais dinheiro de patrocinadores, de transmissão de tevê. Seria interessante pensar nessa estratégia", diz.

A abertura para entrevistas serve como base de comparação nesse caso. O Flamengo organiza coletivas de segunda a sexta, além do pós-jogo. No Atlético, o acesso é restrito aos veículos detentores dos direitos de transmissão em apenas uma aparição antes de cada partida.

"Se eu fosse o presidente, não seria tão radical. O Atlético quer dar peso aos seus próprios veículos, mas pensando do outro lado acho que seria importante um bom relacionamento com a mídia para tentar ser falado ao máximo de forma positiva", opina o sócio-diretor do site Máquina do Esporte, Erich Beting.

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