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 | Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo

Retrospecto

Vélez não perde para brasileiros em casa há 34 anos

O desafio de vencer o Vélez Sarsfield na Argentina só foi cumprido uma vez na Libertadores por um clube brasileiro. Em 1980, o Internacional foi ao estádio José Amalfitani e venceu por 1 a 0, na primeira participação de El Fortín no torneio. Mais tarde, Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro, Santos e o próprio Colorado tentaram, mas foram derrotados ao visitar o país vizinho.

Ao todo, o retrospecto do Vélez é muito positivo quando joga em casa. Em 62 partidas pela Libertadores, só perdeu oito vezes – ou seja 13%. Foram 39 vitórias e 15 empates para o clube azul e branco, números que aumentam a expectativa atleticana contra o adversário mais forte do grupo. "É a partida mais importante. O time que ganhar os três pontos tem muita chance de passar de fase", destaca o técnico do Furacão, Miguel Ángel Portugal.

O jovem Atlético do técnico Miguel Ángel Portugal enfrenta hoje, às 19h45, seu mais perigoso adversário na fase de grupos da Libertadores. O argentino Vélez Sarsfield, apesar de ter um conjunto com média de idade menor do que os 22,4 anos carregados pelo elenco paranaense, traz no histórico e na vasta experiência de seu onze titular a chave para tentar assumir a liderança do Grupo 1 do torneio. O vencedor do duelo chega a seis pontos e encaminha a passagem às oitavas de final, deixando o rival na disputa do segundo lugar contra os bolivianos do The Strongest (3 pontos) e os peruanos do Universitário (sem pontos).

Entre os 30 inscritos do plantel argentino, metade tem 20 anos ou menos. A forte presença de garotos formados no centro de treinamento Villa Olímpica, nos arredores de Buenos Aires, porém, mascara a vivência da equipe portenha, dona de 15 participações na Copa.

Enquanto os prováveis titulares do Fortín hoje, no Estádio José Almafitani, já disputaram a Libertadores, todos os atleticanos debutaram no dia 29 de janeiro, data do duelo com Sporting Cristal, no Peru, no primeiro jogo da fase de eliminatória.

Com exceção do atacante Adriano, de 32 anos, o Furacão não tem nenhum atleta ‘trintão’ no grupo, com o volante João Paulo e seus 29 anos recém completados puxando a fila. A média de idade dos titulares é de 24 anos contra 26,3 dos rivais.

"[Na estreia] encontrei uma equipe que perdeu cinco titulares e um plantel extremamente jovem. O Paranaense é um clube formador, que trabalha bem a base. Isso às vezes pode ser um ponto positivo. A juventude te dá frescor, velocidade, valentia, mas nos falta a experiência que as equipes precisam", admitiu o técnico rubro-negro em entrevista ao jornal espanhol Marca.

Ao Vélez, por outro lado, não falta experiência. Aos 35 anos, o lateral-direito Cubero é o jogador com mais aparições na história do clube (542). O zagueiro Sebá Dominguez, 33, jogou no Corinthians de Tévez e Mascherano na década passada. O lateral-esquerdo Emiliano Papa já foi lembrado diversas vezes para a seleção alviceleste.

Essa sustentação, junto com o talento de Canteros, 24, a dinâmica de Romero, 19, e os gols de Zárate, 26, fazem o campeão da Libertadores de 1994 o adversário a ser batido pelos Atlético.

Para tanto, o Rubro-Negro terá de superar também a torcida local. A promessa é de bom público no José Amalfitani, estádio no bairro de Liniers, palco de três confrontos da Copa do Mundo de 1978, disputada na Argentina. Para buscar inspiração extra, os jogadores do Furacão assistiram Boca Juniors e Estudiantes, no domingo, na lendária La Bombonera.

"Sabemos a equipe forte que o Vélez é. Toda vez que entra na Libertadores chega longe. Um adversário muito difícil, mas se formos inteligentes, não nos expormos, não deixando eles jogarem, podemos sair com um grande resultado e dar um grande passo para a classificação", previu o lateral-direito Sueliton.

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