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O Atlético venceu a primeira batalha na Justiça contra o zagueiro Manoel. A juíza Morgana de Almeida Richa, da 10.ª Vara do Trabalho de Curitiba, negou nessa terça-feira (27) a antecipação de tutela pedida pela defesa do jogador, que pretendia rescindir seu contrato através de uma medida liminar. O mérito da questão, no entanto, ainda não foi analisado.

A juíza entendeu que, no momento, não há prova inequívoca de descumprimento de contrato por parte do clube, e por isso indeferiu o pedido de rescisão. No próximo dia 11 de junho haverá uma reunião conciliatória entre as partes. Caso não haja acordo, as defesas serão convocadas para dar seguimento ao processo.

"A intenção do clube é manter o jogador. Ele está há nove anos lá e sempre teve todas as condições. Mas também queremos que ele cumpra sua parte do contrato", disse o advogado do Rubro-Negro, Daniel Glomb.

A defesa do zagueiro, contudo, não considera a negativa da Justiça como uma derrota. "Na verdade, a juíza pediu mais tempo para ter mais elementos e então julgar o caso. É claro que esperávamos conseguir a liminar porque as provas são claras, mas nada mudou", disse o advogado Henrique Caron.

Enquanto isso, Manoel, de 23 anos, segue afastado e treinando diariamente no CT do Caju. O vínculo dele com o clube termina em dezembro de 2015. Uma reconciliação é possível, mas pouco provável.

"O Manoel não é intransigente. Desde que seja algo favorável, bom para ele, estamos aberto a conversar com o Atlético", reiterou Caron.

Entenda o caso

Titular absoluto do time há pelo menos três temporadas, Manoel foi afastado pelo Atlético após a eliminação da equipe na Copa Libertadores. A decisão foi comunicada no site oficial do clube, no fim da noite de 12 de abril.

A nota, sob o título "Respeito, disciplina e comprometimento", anunciava a ida do zagueiro para o grupo sub-23 "em função do comportamento mostrado, das declarações constantes e claras que pretende sair e não mais continuar vestindo a camisa do clube que lhe acolheu e lhe deu todas as condições desde 2006". Foi anunciado ainda que o jogador seguiria treinando separado do restante do elenco até ser negociado ou até o término do seu contrato.

No dia seguinte, o empresário de Manoel, Neco Cirne, rebateu as alegações do Atlético. Segundo ele, o afastamento era represália pelo jogador não aceitar os termos de renovação propostos pelo clube. O agente acusou, inclusive, o presidente Mario Celso Petraglia de pressionar o zagueiro a assinar o novo vínculo.

No dia 28 de abril, os advogados do jogador enviaram uma medida extrajudicional ao clube pedindo sua reintegração imediata ao elenco principal, pagamento de dívidas referentes a direitos de imagem atrasados e premiação – no valor de R$ 155 mil –, além de retratação na página do Atlético na internet.

Como o pedido não foi cumprido totalmente – o clube chegou a convocar o jogador para dois jogos –, Manoel entrou, no dia 6 de maio, com um pedido na Justiça para deixar o clube, que defende desde 2005.

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