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Crislan comemora o terceiro gol atleticano contra o Coritiba no clássico da Vila Olímpica | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Crislan comemora o terceiro gol atleticano contra o Coritiba no clássico da Vila Olímpica| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

O 21 de abril de 2013 ficará na história do Atletiba. O dia em que um time de garotos vestindo rubro-negro bateu de maneira incontestável uma das mais estreladas equipes alviverdes dos últimos anos. O Furacão sub-23 atingiu a maioridade com a vitória por 3 a 1, nesse domingo (21), na Vila Olímpica, resultado que varre o Coxa da disputa do segundo turno do Campeonato Paranaense e deixa o Atlético a um passo de conquistá-lo.

O Coritiba será mero espectador na rodada do próximo domingo: não tem chance de título direto nem de fechar a fase classificatória com a melhor campanha. Agora invicto há 11 partidas, o Atlético visita o Operário, no Germano Krüger, dependendo de uma vitória simples para levar o turno e a vaga na final. O Londrina terá de vencer o Coxa no Alto da Glória e contar com empate ou derrota atleticana. Se o Tubarão for à decisão, terá as vantagens dos resultados iguais e do segundo mando. Em caso de classificação rubro-negra, os benefícios serão do Alviverde.

"Um, dois, três, é sub-23!" foi o grito que embalou os 15 minutos finais do primeiro Atletiba disputado na Zona Sul de Curitiba, a partir do momento em que Crislan tomou a bola de Escudero e arrancou para marcar o terceiro gol rubro-negro. Antes, Edigar Júnio e Zezinho haviam balançado a rede de Vanderlei. O Coritiba não reagiu. Nem à provocação nem ao placar construído por uma proposta de jogo muito clara.

Arthur Bernardes armou seu time para anular as armas ofensivas do rival e explorar suas dificuldades defensivas. Renan Foguinho e Elivélton se revezaram na missão de neutralizar Alex. Bruno Costa perseguiu Deivid nas usuais saídas da área. Rafinha sobrou como uma ilha ofensiva do lado esquerdo.

Insuficiente. A ligação direta da defesa rubro-negra para os famintos Crislan e Edigar Júnio deixava em carne viva a lentidão da zaga alviverde, a deficiência técnica de Escudero e a carente saída de bola dos volantes coxas.

O gramado atrapalhou o Coritiba, mas, apesar de decisivo no primeiro gol, logo tornou-se coadjuvante. O Coxa, exceto na segunda metade da etapa inicial, foi apático. Errava seguidamente, sempre batendo na parede do adversário. O Atlético disputava cada bola como se dela dependesse a chance de seus garotos subirem ao profissional. A torcida, que registrou o melhor público rubro-negro no Estadual, foi no embalo, apoiando o time do início ao fim do clássico.

"Era a oportunidade da vida dos meninos. Nós estamos encaixando o time para o Brasileiro", comparou Deivid.

O time rubro-negro admitiu a motivação, mas já olha além da histórica vitória sobre o rival. Pensa no jogo contra o Operário, escala antes de dois novos encontros com o Coritiba. "É a partida do ano até agora", diz Edigar Júnio.

A diferença é que o time vai ao Germano Krüger com o respaldo da soberba exibição no Boqueirão. "O pessoal vinha brincando comigo: ‘Se você quiser ser conhecido, tem de fazer gol no Atletiba’", disse Crislan, agora mais conhecido como o atacante que selou a vitória por 3 a 1 no Atletiba. Aquele de 21 de abril de 2013. O da maioridade do sub-23 rubro-negro.

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