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Acesso às arquibancadas do Gigante do Itiberê: ajustes de última hora para receber o Atlético no Brasileiro | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Acesso às arquibancadas do Gigante do Itiberê: ajustes de última hora para receber o Atlético no Brasileiro| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Estreante

O técnico Ricardo Drubscky fará hoje sua estreia no comando do Atlético, só que não dentro de campo. Ele está suspenso e só poderá ficar no banco de reservas daqui a cinco jogos. Do lado do Goiás estará Enderson Moreira, "pupilo" de Drubscky – já trabalharam juntos no Venda Nova-MG, América-MG, Cruzeiro e no próprio Furacão.

Política

Pista de atletismo inútil e piscina fora do padrão mancham o complexo municipal parnanguara

O torcedor atleticano que for até Paranaguá vai perceber que, ao redor do gramado, existe uma pista de atletismo; ou melhor, existia. É apenas a imagem mais visível de um exemplo do mau uso do dinheiro público.

Com o piso deteriorado e medidas fora do padrão oficial, o setor de atletismo é um dos maiores problemas que a Fundação de Esportes da cidade está tentando lidar no complexo do Caranguejão. Porém, há outros.

Ao lado do estádio, dentro da praça esportiva, há também uma piscina com um grave defeito. Apesar de coberta, ela tem 2,5 metros a menos no comprimento e não pode receber eventos oficiais.

O que salva a edificação municipal é o ginásio, com quadras emborrachadas e estrutura para receber competições.

"Estamos tendo de recuperar a estrutura e ao mesmo tempo temos de executar nossos projetos, fruto do que aconteceu nos últimos anos", reclama o presidente da Fundação, Valmir Martins, que tem o orçamento deste ano, de R$ 1,384 milhão, já comprometido.

A saída tem sido contar com a Lei de Incentivo ao Esporte e de parcerias para a concretização de projetos. Os jogos do Atlético também ajudam nisso, já que a verba que entrar será destinada à manutenção da estrutura atual.

Mesmo assim, ele comemora o trabalho realizado com crianças entre 5 e 18 anos em 16 projetos diferentes. "Temos de abrir caminho para [as crianças] praticarem esportes, longe das drogas e se prepararem para a vida", comenta.

Sem-teto na temporada em razão das obras da Arena para a Copa de 2014, o Atlético terá a partir de hoje mais uma oportunidade de encontrar um estádio para chamar de seu. Mesmo a contragosto.

Depois de mandar jogos no Germano Krüger, em Pon­­ta Grossa, no Ecoestádio e na Vila Capanema, o Rubro-Negro é o mais novo inquilino do Gigante do Itiberê, em Paranaguá, palco da partida desta tarde contra o Goiás, às 16h20, válido pela 6.ª rodada da Série B do Brasileirão.

A praça esportiva no litoral paranaense está longe de ser a primeira opção atleticana. Apesar de já ter oito jogos confirmados pela CBF para o local, o Furacão ainda tenta de todas as formas não precisar descer a serra para atuar como mandante. Não por acaso que só assinou o termo de uso apenas para a partida de hoje e com dois dias de antecedência – o provável é que continue assim até o final do ano, jogo a jogo, enquanto restarem esperanças.

A distância (98 km de Curi­­tiba) não é o único empecilho, mas também a estrutura do estádio, que obrigou o clube a abrir o bolso para fazer as melhorias necessárias para decorar a nova casa com cara de Atlético – só o verde da fachada não terá como mudar.

O gasto para abrir e usar o estádio, aliás, é o menor deles: 10% das receitas com bilheteria e cerca de R$ 900 para o uso do espaço, tudo determinado por uma lei municipal. Só que as despesas não param por aí. Gramado, catracas, câmeras de segurança, vestiário, sala de atendimento a sócios e troca de refletores. Tudo isso está por conta do inquilino.

O piso do palco, aliás, foi a primeira preocupação da diretoria atleticana. Não por acaso que o estafe que cuida da grama no CT do Caju foi deslocado para Paranaguá. Encontrou a grama alta, queimada e fez o possível para deixar na medida. No entanto, alguns buracos ainda estão lá.

De cara, também precisou ativar o sistema de segurança por imagens para que o estádio seja liberado para mais de 9.999 pessoas. A lotação, porém, não vai muito além: 11 mil torcedores. Em conjunto, ainda teve de correr contra o tempo para transportar todas as catracas para os sócios – a instalação final só terminou ontem.

No vestiário, o único inves­­timento será com grama sintética para que não precisem realizar o aquecimento em campo. O clube também se atentou para os jogos noturnos e já começou a troca de lâmpadas do sistema de iluminação que estavam queimadas. No geral, os atletas não sentirão muita diferença em relação ao que tinha à disposição na Vila Capanema.

A única coisa que deve mudar é a presença de público. Se no estádio paranis­­ta a torcida não apareceu em grande número, em Paranaguá a média não deve avançar, pois os torcedores locais terão de desembolsar R$ 60 para assistir ao jogo de hoje.

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