O Atlético viajará, nas primeiras nove rodadas do Brasileiro, antes da parada para a Copa do Mundo, oito horas e 6.214 km a mais do que faria caso não tivesse sido punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa da briga generalizada das torcidas na partida contra o Vasco, no dia 8 dezembro do ano passado. Além de não contar com o apoio integral do torcedor por nove jogos quatro deles com portões fechados o clube também encara o desgaste da "ponte aérea" como adversário no início do campeonato. Hoje, às 16 horas, contra a Chapecoense, a casa atleticana será o Estádio Willie Davids, em Maringá.
INFOGRÁFICO: Furacão é o time que mais viaja no Brasileiro até a parada para a Copa
Obrigado a mandar suas cinco primeiras partidas a pelo menos 100 km de distância de Curitiba, o Furacão virou o campeão de viagens do Nacional. Entre idas e vindas, serão 20 trechos dentro de um avião. O mais longo (veja mais abaixo) foi cumprido na segunda rodada, quando enfrentou o Vitória em Salvador. O mais curto até Florianópolis ocorreu na estreia contra o Grêmio e se repetirá antes da paralisação para o Mundial, diante do Figueirense.
Ao todo, serão 19 horas e 14.580 km percorridos por via aérea, número bem superior às 11 horas e 8.366 km do cenário sem punição. Os dados levam em conta o duelo ainda não oficializado pela CBF, contra o São Paulo, em Uberlândia, quando o clube será mandante.
Na terceira rodada (3/5), diante do Cruzeiro, em Brasília, também foi assim. A diretoria atleticana optou por jogar a 1.387 km da capital paranaense, com ampla desvantagem nas arquibancadas, visando a diminuir o prejuízo financeiro da punição imposta pelo STJD. Lucrou, de acordo com a súmula da partida, R$ 331.767,43. Perdeu o jogo por 3 a 2.
"Todos viram que estávamos jogando em outro lugar que não na nossa casa. A maioria era do Cruzeiro. Se for para fazer isso, melhor jogar com portas fechadas", reclamou o técnico Miguel Ángel Portugal, após o revés.
Ao menos contra a Chape e o rival Coxa (25/5), também marcado para Maringá, os atleticanos serão maioria no estádio. O mesmo não se pode dizer do confronto contra o São Paulo, em Uberlândia. Reduto de paulistas, a cidade mineira já registrou estádio dividido no encontro entre Cruzeiro e São Paulo, pela segunda rodada.
Para utilizar o Parque do Sabiá no dia 28 de maio o Atlético não pagará nada além das despesas de manutenção do estádio e ficará com toda a renda líquida. Um ótimo negócio no papel, mas que pode não trazer o lucro esperado, além de com certeza fortalecer o rival.
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