Uma das mais importantes propostas feitas por Mário Celso Petraglia na campanha que o reconduziu ao cargo de presidente do Atlético em 2011 foi a de ser campeão do mundo no prazo de dez anos. Restando ainda sete anos para conseguir o objetivo, o próprio Petraglia recalculou a previsão e disse aos seus conselheiros que o prazo de uma década começa a contar a partir de 2015. O novo prazo foi divulgado pelo presidente na reunião extraordinária que aconteceu terça-feira e reuniu cerca de 100 conselheiros no CT do Caju. A mudança de previsão para o título intercontinental foi necessária pelo expressivo gasto que o clube teve com a reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. O número da dívida atual do clube foi divulgado por Petraglia aos conselheiros. Segundo ele, o Atlético precisa pagar R$ 86 milhões em empréstimos obtidos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e outras instituições bancárias. Dividindo ao longo das próximas temporadas, seriam R$ 7 milhões por ano ou R$ 600 mil por mês.
"É uma dívida irrisória perto do potencial que o Atlético tem", afirmou Petraglia na reunião. O presidente citou que outros clubes chegam a pagar R$ 600 mil para treinadores, citando Vanderlei Luxemburgo, técnico do Flamengo. A dívida, segundo Petraglia, será paga pelas verbas que virão da venda do naming rights da Arena da Baixada. O investidor que quiser colocar o nome no estádio terá de desembolsar pelo menos R$ 10 milhões por ano pela previsão do cartola. O valor citado por Petraglia é o mesmo do naming rights das arenas Fonte Nova e Pernambuco, patrocinadas pela cervejaria Itaipava. Todo o dinheiro arrecadado a partir de agora no Atlético, especialmente o que vem das mensalidades dos sócios, segundo o presidente, será investido no futebol. Analisando os borderôs das últimas cinco partidas, em média, o clube arrecada R$ 141 mil por jogo com os sócios. "Quanto mais sócios tivermos, melhor time formaremos".
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