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Miguel Ángel Portugal (primeiro plano à esq.), com um auxiliar e o diretor de futebol Antônio Lopes: clima pesado no Atlético | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Miguel Ángel Portugal (primeiro plano à esq.), com um auxiliar e o diretor de futebol Antônio Lopes: clima pesado no Atlético| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Quarenta e sete dias após ser confirmado no comando técnico do Atlético, o espanhol Miguel Ángel Portugal começa a sentir na pele como funciona o futebol brasileiro. Mal começou, seu cargo já está em risco depois de quatro partidas disputadas e 50% de aproveitamento.

A nítida bronca de Adria­no com o comandante após a derrota por 2 a 0 para Vélez Sarsfield, na última terça-feira, causou um mal-estar no grupo. Se ele já tinha dificuldade para passar sua filosofia aos atletas, a partir de agora, sob pressão, a tarefa fica ainda mais complicada.

Ontem, durante a viagem de volta a Curitiba, o clima no elenco foi mais frio do que o normal. A derrota frustrante pela Libertadores foi o principal motivo para esse comportamento, mas a irritação do Imperador por jogar apenas 11 minutos no José Amalfitani, em Buenos Aires, certamente influenciou. Querido pelo plantel, o camisa 30, que teria ido para o Rio ontem e é esperado de volta hoje, quer mais tempo em campo para ganhar ritmo de jogo, incluindo apresentações pelo Paranaense. O fato caiu como uma espécie de gota d’água, principalmente em relação ao método de treinamento implantado pelo espanhol.

Portugal e o preparador físico Gonzalo Abando são muito rígidos quanto à questão física. O objetivo é que o elenco tenha índice de gordura corporal de apenas 8%. Por isso, há um controle diário do peso dos jogadores, situação incomum no futebol nacional e que, aos poucos, tem derrubado o crédito do treinador.

A língua é outra barreira que o comandante enfrenta. Porém ao assumir um time desmanchado – Ever­ton, Léo, Pedro Botelho, Luiz Alberto e Paulo Baier eram titulares no ano passado –, com pouco tempo de treinamento e sem traquejo para "fechar" com os jogadores, como Vagner Mancini conseguiu em 2013, Portugal ganha uma dúvida prematura sobre sua continuidade. Ainda mais que, até agora, o resultado em campo ficou aquém do esperado.

A classificação à fase de grupos da Libertadores veio em um épico confronto contra o Sporting Cristal. Até a mesmo a vitória sobre o The Strongest por 1 a 0 (13/2) não convenceu a torcida, que já comenta nas redes sociais sobre o futuro de Portugal. Pessoas ligadas ao clube já ligaram para o presidente atleticano, Mario Celso Petraglia, oferecendo nomes.

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