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Brasileiros e colombianos em clima de paz às vésperas do duelo decisivo em Bogotá. | Hugo Harada - Enviado Especial/Gazeta do Povo
Brasileiros e colombianos em clima de paz às vésperas do duelo decisivo em Bogotá.| Foto: Hugo Harada - Enviado Especial/Gazeta do Povo

O jogo entre Millonarios e Atlético, na noite desta quarta-feira (8), às 21h45, em Bogotá, pela Libertadores, exalta ainda mais o sentimento de irmandade criado entre colombianos e brasileiros após a tragédia da Chapecoense, em 29 de novembro do ano passado.

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A queda do avião que viajava para a Colômbia para disputar a final da Sul-Americana contra o Atlético Nacional comoveu ambas as nações. Do abalo ao luto, o fim do sonho da Chape e o falecimento de 71 pessoas, dentre elas 19 atletas, acabaram por unir os países vizinhos.

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Agora, a solidariedade demonstrada pelos atleticanos em Curitiba, antes da partida de ida pela segunda fase da competição internacional, vem sendo retribuída na Colômbia. Líder da organizada Blue Dream, do Millos, Frank Poveda recebeu um grupo de atleticanos da Os Fanáticos em Bogotá. Além de apresentar a cidade e o clube aos rivais, Poveda os presenteou com ingressos para a partida.

“Nós já conhecíamos o Atlético, tenho presentes da torcida deles. Eles receberam nossos torcedores muito bem no primeiro jogo, foi algo espetacular em Curitiba. Aqui as portas estarão sempre abertas para este clube na nossa cidade”, conta o colombiano. “Em campo, são 90 minutos, vai ganhar o melhor. Que é o Millonarios, 2 a 0”, brinca.

Torcedor da Os Fanáticos, Dirceu Bagatteli Júnior foi um dos recepcionados na capital colombiana pela torcida adversária: “Nós esperávamos essa recepção, mas os ingressos foram uma surpresa boa”.

“Nós sentimos o carinho do povo colombiano, na forma como falam com a gente. O que aconteceu com a Chape não acontece todo dia”, prossegue, arriscando classificação rubro-negra após empate dramático por 1 a 1. No dia da partida, as duas organizadas planejam um ato em frente ao estádio El Campín, para estender faixas de ambas as torcidas lado a lado, para selar a amizade construída.

Na semana passada, torcedores atleticanos se comoveram com a jornada de um grupo de colombianos que viajou de carona desde Bogotá para assistir à partida na Baixada, chegando sem dinheiro para comprar ingressos.

O advogado rubro-negro Denis Raby, por exemplo, uniu amigos e pagou almoço e bilhetes para a partida para os fiéis do Millos. Já no último domingo (5), o torcedor do Furacão, André Gedeon, já havia assistido ao duelo do Millonarios contra o Independiente Medellín, pelo Campeonato Colombiano, em meio à torcida do rival desta quarta-feira, em clima de confraternização.

A rivalidade fica mesmo restrita ao campo: após vencer na ida por 1 a 0, o Atlético joga no El Campín por um empate. Caso os donos da casa devolvam o mesmo placar em Bogotá, o duelo vai para pênaltis. Na Libertadores, vale lembrar que o gol fora de casa tem peso de desempate. Mais um trunfo para os comandados de Paulo Autuori.

A favor do Millonarios, dois itens que elevam a confiança colombiana: a altitude de Bogotá, a 2.640 metros acima do mar; e a força da torcida que promete lotar o estádio com capacidade para 36 mil pessoas. O classificado enfrenta na terceira fase o vencedor da eliminatória entre Deportivo Capiatá, do Paraguai, e Universitario, do Peru.

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