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Dagoberto ao lado do também atacante Marinho, os dois destaques do Vitória. | Flickr Vitória/
Dagoberto ao lado do também atacante Marinho, os dois destaques do Vitória.| Foto: Flickr Vitória/

Desde que deixou o Atlético, em 2006, após longa briga na Justiça, Dagoberto teve sete oportunidades de enfrentar o ex-clube na Baixada. Atuou uma vez só, em 2009. Neste domingo (17), às 16 horas, o atacante volta ao estádio com a camisa do Vitória.

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Em entrevista à Gazeta do Povo, Dagoberto revê a transferência para o São Paulo que o “queimou” com a torcida do Furacão. Comenta a relação com Mario Celso Petraglia, hoje presidente do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, revela o motivo para as ausências no Joaquim Américo e o que espera do futuro.

Gazeta do Povo - Passados tantos anos, qual a tua avaliação sobre tudo o que aconteceu entre você e o Atlético?

Dagoberto - Apesar do longo tempo, infelizmente as coisas ficaram pesadas. Mas foi unicamente com o Petraglia, tivemos divergências. Eu quis buscar uma valorização, não me sentia valorizado. Houve uma proposta gigante de outro clube [São Paulo]. Ou eu tomava atitude de homem ou seria um cara mandado, que não teria personalidade. Foi um momento decisivo. Vi o que era bom para minha carreira. Mas foi para um lado que me chateia muito. Tenho familiares que são atleticanos, amigos também. É ruim por um lado, mas tenho a consciência tranquila.

Como você espera o reencontro?

Sou profissional, visto as cores do Vitória. Sempre foi uma emoção diferente jogar contra o Atlético, em Curitiba. Eu me concentro para fazer o melhor para o meu clube. Vou tentar ajudar o Vitória. É uma alegria grande, uma emoção voltar a jogar na Arena.

Qual a importância do Furacão na sua história?

O Atlético tem importância na minha história. Foram seis anos maravilhosos, títulos, belos jogos, ensinamentos. Sou muito grato. Infelizmente, tive problema com o Petraglia. Se houve erros, houve de todas as partes. Mas gasto minha energia em coisas boas. O que ficou é um respeito pelo clube. Não tenho mágoas, fico chateado muito pelo tratamento, mas entendo e respeito.

O Mario Celso Petraglia diz que o problema com você foi uma das piores coisas que ele viveu como dirigente. O que você pensa disso?

Ele trata assim porque não teve sucesso e não conseguiu colocar em prática o que tinha em mente. Um bom negócio é bom para as duas partes, não só para uma. Ele queria que fosse excelente só pra ele. Eu não estava sendo valorizado. O cara que estava no meu banco ganhava oito vezes mais que eu. Perguntam também porque eu não aceitei ir para a Europa. Porque se fosse vendido, seria só 50% e a outra metade ficaria com o clube, com o Petraglia, e uma coisa que eu não queria era ficar na mão dele. Todos conhecem as pessoas envolvidas neste caso.

Por que você deixou de atuar várias vezes na Baixada com a camisa do São Paulo?

Era uma decisão do São Paulo. O Juvenal Juvêncio (presidente do clube, falecido em 2015) tinha uma coisa de não expor essa briga. Sentava comigo e me sacava. Falava que era melhor não ir e ponto. Para não ter maiores problemas.

Na única vez que você atuou na Arena, em 2009, uma falta do Paulo Baier em você marcou o jogo. Você lembra? Como encara as vaias?

Foi coisa de jogo, entrar mais firme. A vaia é uma normalidade pelo que aconteceu.

Já com 33 anos, o que você prevê para o fim da carreira?

Tenho um projeto futuro. Vou ter minha vida em Curitiba, morar aí, ver o que Deus tem reservado pra mim. Quero ficar tranquilo.

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