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Realizada a primeira avalia­ção, ontem, os técnicos da Lanik I. S.A. descartaram o cumprimento do prazo para a instalação do teto retrátil da Arena. O Atlético pretende colocar a "tampa" do Caldeirão até 30 de novembro, para a estrutura funcionar durante o Shooto Brasil, evento de MMA marcado para 5/12.

"A avaliação não foi boa. Se não houver uma reorganização, mobilização de novos profissionais, programação de serviços adicionais e até o envolvimento de projetistas, o prazo estabelecido será comprometido", afirma César França, diretor-executivo da Lanik para América do Norte e do Sul.

Ao lado de três técnicos espanhóis – a empresa é da Espanha –, França teve ontem a primeira reunião com a equipe do Atlético que assumiu a colocação da "tampa" de mais de 200 toneladas. No acordo firmado entre as partes, no último dia 16, a Lanik fará apenas a supervisão e não tem responsabilidade pelo prazo.

De acordo com França, a mão de obra e os equipamentos disponibilizados pelo Rubro-Negro são deficitários. "Apenas um guindaste é improdutivo. E sem uma série de recursos que utilizamos normalmente, a tendência é de que seja bem mais demorado", comenta o engenheiro.

Diante do prazo apertado, há ainda a preocupação com as intempéries do clima e o vento, algo imprevisível. O trabalho não pode ser feito com chuva, nem com ventos que superem os 40 km/h.

A situação delicada foi originada pela mudança do cenário. O projeto do teto foi concebido prevendo a instalação ao longo da reforma da Baixada para a Copa do Mundo, com o estádio "aberto" para a entrada dos guindastes no gramado.

Entretanto, a ameaça da Fifa de excluir a sede paranaense do Mundial, por causa do atraso, fez o Furacão abandonar a montagem. E agora, com a Arena "fechada", será preciso colocar tudo por fora, pela Rua Buenos Aires.

"A Lanik fará todo o possível obedecendo as normas de segurança, as normas técnicas e procedimentos legais exigidos pelos fiscalizadores. Todo o cuidado é pouco, pois estamos tratando de vidas", alerta França.

No dia de hoje, os especialistas da Lanik farão uma nova avaliação das condições. E até o final da semana devem emitir um relatório que será encaminhado para a sede da empresa, na Espanha.

A reportagem entrou em contato com o Atlético, mas não obteve resposta. Nem o clube, nem a organização do Shooto, já trataram da possibilidade de os combates serem realizados sem o teto retrátil. Os ingressos para o evento já estão sendo vendidos – os preços variam de R$ 150 a R$ 2,5 mil.

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