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Washington comemora estendendo a mão para Assis. Os dois foram ídolos no Atlético e no Fluminense | Arquivo GRPCOM
Washington comemora estendendo a mão para Assis. Os dois foram ídolos no Atlético e no Fluminense| Foto: Arquivo GRPCOM

Inimigos íntimos. Assim pode ser resumida a relação entre Atlético e Fluminense. Torcedores dos dois clubes nutrem grande antipatia desde os anos 90 – mais especificamente 1996, quando o Furacão venceu o Tricolor por 3 a 2 nas Laranjeiras e a torcida carioca invadiu o gramado para agredir os jogadores paranaenses. Por outro lado, atleticanos e tricolores têm muito em comum, desde a origem aristocrática, simbolizada pelo Cartola, mascote de ambos, até alguns ídolos que tiveram passagens pelas duas equipes. A Gazeta do Povo relembra jogadores que brilharam na Baixada e nas Laranjeiras.

Washington e Assis – Casal 20 fez história em Curitiba e no Rio de Janeiro

É impossível falar de Washington sem citar Assis, e vice-versa, quando o assunto é Atlético e Fluminense. A dupla chegou à Baixada em 1982. Com a camisa rubro-negra, os dois atacantes fizeram história, ajudando o Furacão a vencer o Campeonato Paranaense após 12 anos de jejum. No ano seguinte, em 83, a habilidade de Assis e a força de Washington foram mostradas juntas para todo o Brasil, com a campanha atleticana na Série A, onde chegou até a semifinal. O sucesso chamou a atenção do Fluminense, que contratou o Casal 20. Nas Laranjeiras, conquistaram a idolatria da torcida tricolor com o título brasileiro de 1984, além de três estaduais. Os dois faleceram neste ano.

Washington – o Coração Valente renasceu no Furacão e brilhou no Tricolor

Em maio de 2003, o Atlético apresentou Washington, mas não conseguiu utilizar o atacante, por conta de problemas cardíacos do jogador. Mas o Furacão não desistiu e disponibilizou sua estrutura para acompanhar a recuperação do atleta, até que, em fevereiro de 2004, o camisa 9 estreou com a camisa rubro-negra. O que aconteceu no restante do ano, nem mesmo o mais otimista atleticano poderia prever. O Coração Valente comandou o ataque do Atlético na campanha do vice-campeonato brasileiro, marcando 34 gols. Até hoje, a marca é o recorde histórico da Série A. Após quatro anos no futebol japonês, o camisa 9 acertou o retorno ao Brasil, para vestir a camisa do Fluminense. Nas Laranjeiras, foi vice-campeão da Libertadores em sua primeira passagem, em 2008, e em 2010 foi parte do elenco que levantou o título do Brasileirão. Washington se aposentou no início de 2011, ao ter seu contrato com o Flu encerrado.

Ricardo Pinto – revelação tricolor acabou sofrendo nas mãos da própria torcida

Um dos principais nomes relacionados à rivalidade entre Atlético e Fluminense é Ricardo Pinto. O goleiro chegou ao Fluminense em 1984, aos 19 anos, vindo do futebol capixaba. Em 1988, assumiu a camisa titular, permanecendo no clube até 1992. Após passar pelo futebol paraguaio e pelo Corinthians, Ricardo desembarcou na Baixada em 1995, conquistando a torcida quase que imediatamente. Veio o título da Série B e o retorno do Furacão à elite nacional. No ano seguinte, uma tragédia quase tirou a vida do camisa 1, mudando a história rubro-negra e tricolor. Na invasão da torcida carioca nas Laranjeiras, Ricardo foi a maior vítima, precisando passar por uma cirurgia para retirada de um coágulo. Hoje, o goleiro não esconde o carinho pelas cores do Atlético, mesmo vivendo no Espírito Santo.

Valencia – cão de guarda tricolor chegou ao Brasil pelo Atlético

O volante Valencia chegou ao futebol brasileiro no início de 2007, contratado pelo Atlético junto ao América de Cali. No Furacão, ficou conhecido pela raça e vontade no meio-campo, sendo um dos maiores ladrões de bola no país. O desempenho chamou a atenção do Fluminense e, a pedido de Muricy Ramalho, então treinador nas Laranjeiras, o colombiano foi contratado. Desde então, são quatro anos defendendo a camisa tricolor. Como grande curiosidade, o camisa 17 do Flu não tem nenhum gol desde a chegada ao país. Pela seleção da Colômbia, o volante já atuou em 12 compromissos, tendo sido convocado nas passagens por Atlético e Fluminense.

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