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Cléo garantiu a vitória do Atlético sobre o Botafogo | Fernando Soutello / Agif / Folhapress
Cléo garantiu a vitória do Atlético sobre o Botafogo| Foto: Fernando Soutello / Agif / Folhapress

Com passagem discreta pelo Furacão em 2005 e destaque no futebol sérvio, onde defendeu os dois maiores clubes, o Estrela Vermelha e o Partizan, o atacante Cléo retornou desacreditado ao Atlético esse ano. Mas após um período de esquecimento no futebol chinês, onde jogava desde 2011 pelo Guangzhou Evergrande, o atacante de 29 anos se transformou no destaque rubro-negro na reta final do Brasileiro.

Sábado, Cléo marcou os dois gols sobre o Botafogo, que garantiram de vez o Atlético na Série A em 2015. O atacante é o artilheiro do clube com 9 gols, o que confirma uma velha tradição na Baixada: contratar atacantes desacreditados ou desconhecidos que emplacam com a camisa rubro-negra.

A Gazeta do Povo relembra alguns nomes que, como cléo, chegaram sem cartaz, mas acabaram se tornando artilheiros no Furacão:

WASHINGTON

Em campo, aparentava ser desengonçado, mas era tido como um jogador com potencial. Chegou ao Atlético em 1982, em negociação com o Internacional, que trouxe também Assis. Não demorou para o atacante se destacar – no mesmo ano, foi artilheiro do Paranaense, com 23 gols, mas o melhor estava por vir.

Em 1983, o Furacão chegou à semifinal do Brasileiro e o centroavante foi o goleador rubro-negro. O sonho do título acabou interrompido diante do Flamengo de Zico, mas a trajetória vitoriosa seguiu, ao lado do eterno parceiro Assis. A dupla Casal 20 acabou negociada para o Fluminense, onde potencializou ainda mais o sucesso.

ÓSEAS

Em 1995, um baiano tímido de tranças estranhas no cabel desembarcou na Baixada. A torcida não recebeu o reforço com confiança, até pelo currículo modesto, com passagens pelo futebol do Nordeste, Minas Gerais e divisões inferiores da Espanha.

Mas Oséas demorou pouco para mostrar suas credenciais em campo, brilhando ao lado de Paulo Rink. Com 14 gols, foi artilheiro da Série B na campanha vitoriosa do Furacão. No ano seguinte, fez novamente grande parceria com Rink, se destacando no Brasileiro e balançando as redes adversárias 11 vezes. As atuações renderam até mesmo convocações para a seleção.

KLEBER

O atacante foi contratado em 1999, vindo do futebol suíço com status de promessa. Mas nem mesmo o mais otimista dos atleticanos poderia prever o impacto da trajetória do Incendiário na Baixada.

No ano de sua chegada, foram 18 gols e o destaque na campanha que levou o Furacão à primeira Libertadores. Em 2000, mais 31 gols, e, em 2001, a consagração definitiva, com 50 gols, 17 deles na conquista do histórico Campeonato Brasileiro.

Quando saiu do clube, em 2002, Kléber deixou um retrospecto invejável, tendo marcado 124 vezes com a camisa rubro-negra – o jogador é o terceiro maior artilheiro da história do clube, atrás apenas de Sicupira e Jackson.

ALEX MINEIRO

O atacante era visto como promessa no Cruzeiro, mas não estourou, sendo constantemente emprestado para outros clubes. Em 2001, seu destino foi o Atlético – veio como contrapeso na contratação do volante Donizete Amorim.

Poucos esperavam o que viria a acontecer com Alex Mineiro no decorrer da temporada. Com nove gols, o camisa 9 foi importante na primeira fase do Brasileirão, mas o melhor estava por vir. A partir das quartas de final, o atacante marcou oito gols em quatro partidas, incluindo quatro nos jogos decisivos contra o São Caetano.

No final, 17 gols, a artilharia do Furacão e a aura de herói de uma conquista histórica.

WASHINGTON CORAÇÃO VALENTE

A história de Washington é um pouco diferente dos casos anteriores – tecnicamente, o atacante não era questionado, tendo sido artilheiro por onde passou. Mas, em 2002, uma lesão cardíaca fez com que deixasse o Fenerbahçe, da Turquia.

Em maio do ano seguinte, foi apresentado pelo Atlético, mas sua presença em campo era incerta. Por seis meses, acabou operado e, surpreendendo a todos, conseguiu voltar aos gramados no início de 2004.

Diabético e com duas fraturas nas pernas em seu histórico, o Coração Valente não só voltou a jogar, mas fez história pelo Furacão. Com 34 gols, se tornou o maior artilheiro em uma edição do Campeonato Brasileiro – o recorde permanece até hoje.

EDERSON

O atacante pode dizer que venceu pela insistência. Ederson chegou ao Atlético em 2007, vindo do Ceará para as categorias de base. Sem espaço na Baixada, foi emprestado para o próprio Ceará, depois sendo repassado ao ABC. Novamente cedido aos dois clubes, retornou ao Furacão em 2013.

O artilheiro parecia enfim despertar: apesar de reserva em boa parte da campanha no Brasileiro, Ederson marcou 21 gols, terminando a como artilheiro da disputa – foi a segunda vez que os rubro-negros tiveram a honraria na Série A. No ano seguinte, acabou emprestado ao futebol árabe.

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