Vitória no Ecoestádio não acalma os torcedores atleticanos

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O enredo final até foi bom para o Atlético. Vitória sobre o J. Malucelli por 3 a 1, ontem, no Ecoestádio – a segunda no campeonato –, com o time marcando a metade dos gols que havia feito nas oito rodadas anteriores. Mas, mesmo assim, o destaque ficou por conta da perda de paciência da torcida, que exigiu a presença dos titulares na sequência do Estadual. Sobrou até para o presidente do clube, Mario Celso Petraglia, idealizador da estratégia de disputar o Paranaense com o time sub-23, estendendo a pré-temporada do grupo principal.

As críticas começaram antes mesmo de a bola rolar. Diante da campanha ruim, os boleiros foram saudados com gritos de "eiro, eiro, eiro, time pipoqueiro". O técnico Arthur Bernardes também não foi poupado.

O ápice da impaciência dos atleticanos, contudo, ocorreu quando o J. Malucelli conseguiu o empate, com Bruno Batata (40/1.º) – antes, Douglas Coutinho, principal destaque da equipe, havia aberto o placar em bela jogada individual (21/1.º). Torcedores comuns, sem vínculo com as organizadas, entoaram gritos como "não dá para aguentar, já está na hora do time titular". A torcida cantou em coro também o nome dos titulares, como Manoel, Paulo Baier, Deivid e Pedro Botelho, entre outros. Revolta que se seguiu até o apito final, mesmo com Harrison, de pênalti, e novamente Douglas Coutinho terem sacramentado o triunfo do Furacão na etapa final. "Ão, ão, não faz mais que a obrigação", foi o que Coutinho ouviu na comemoração.

Há, ainda, mais um ingrediente que ajuda a apimentar a tumultuada relação entre time e arquibancada. A vitória atleticana de ontem facilitou a vida do Coritiba que, se vencer hoje o Rio Branco, abre cinco pontos de distância para o Jotinha na briga pelo título do primeiro turno – e a consequente vaga na final – a duas rodadas do fim da volta inaugural do regional.

Tudo isso em semana de Atletiba – os rivais se enfrentam no próximo domingo (24/2) no Couto Pereira. Haja paciência.