Mesmo após um aparente desfecho, com o pedido de rescisão de contrato, a briga entre Nathan e Atlético continua. Nesta quinta-feira (26), dia do aniversário de 91 anos do clube, será realizada mais uma audiência do processo movido pelo Rubro-Negro contra o jogador. O encontro será na 15ª Vara do Trabalho de Curitiba e a postura do juiz deste caso vai determinar os próximos capítulos.
Na última segunda, o meia e seus advogados comunicaram ao clube a intenção de pagar uma multa de R$ 2,4 milhões para rescindir o contrato de trabalho. O clube se recusou a aceitar a notificação de um oficial de justiça, mas o comunicado foi repassado por e-mail e enviado à Confederação Brasileira de Futebol.
A rescisão, em tese, extingue o objeto da ação movida pelo clube contra o jogador. Já que o contrato deixou de existir no entendimento dos advogados de defesa de Nathan. “Não vai acontecer muita coisa. Agora, com a rescisão, não se tem muito o que discutir”, afirma Henrique Caron, advogado do jogador.
No entanto, o Atlético não crê nessa possibilidade. O clube aposta suas fichas na cláusula contratual, registrada junto à CBF, que garante a renovação automática do contrato assinado em 1º de abril de 2012. Na ocasião, por força de uma determinação da Fifa, o vínculo tinha apenas três anos de duração, prorrogáveis por mais dois desde que uma das partes (clube ou jogador) manifestasse interesse. O Atlético fez isso e exige a renovação. O jogador questiona a validade dessa cláusula.
O contrato é claro ao prever a multa de R$ 2,4 milhões para rescisão seguida de uma transferência nacional. A família garante que já arrecadou esse valor e aguarda o interesse de algum clube para efetuar o depósito nas contas do Atlético assim que concretizada uma negociação.
Os advogados do Atlético questionam esse valor. Segundo Daniel Glomb, o jogador recebeu um reajuste salarial e a multa deve ser calculada com base nesses novos valores. “O Nathan recebe um valor superior ao que alega receber. A multa deverá considerar esses fatores. Se depositarem o valor que alegam na imprensa, haverá contestação, pois o posicionamento adotado pela defesa do jogador é equivocado”, diz.
A defesa de Nathan rebate a informação do reajuste. “Não houve aditivo nenhum ao contrato falando de reajustes salariais. O jogador não assinou nenhum recibo”, garante Henrique Caron.
Na audiência desta quinta, o juiz do caso pode entender que o contrato, agora rescindido, vale realmente por cinco anos. Neste caso, a multa poderia subir para R$ 3,6 milhões, conforme prevê o item B da cláusula 16.1 do documento.
Interesse são-paulino
A possível “liberdade” de Nathan tem despertado o interesse de alguns clubes. Segundo o portal Lancenet, o São Paulo teria oferecido R$ 5 milhões em “luvas” (uma espécie de bônus) por um contrato de cinco anos com o meia. O salário do jogador saltaria dos atuais R$ 1,5 mil para R$ 100 mil por mês nos quatro primeiros anos, pulando para R$ 250 mil no último ano do vínculo, quando Nathan completasse 24 anos.
O valor oferecido pelo São Paulo não teria relação com a multa paga pela família para rescindir o contrato com o Atlético. O pai do jogador, José Carlos de Souza, afirma que arrecadou o dinheiro com a venda de bens e depositará o valor na conta do clube quando um novo contrato for assinado. O Palmeiras também já teria manifestado interesse em contratar o jogador.
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