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Bruninho, uma das apostas do Paraná na Série B: prata da casa espera retribuir apoio com acesso | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Bruninho, uma das apostas do Paraná na Série B: prata da casa espera retribuir apoio com acesso| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo
  • Veja como joga o Paraná Clube, que precisa entrosar a equipe

Pelo segundo ano consecutivo na Série B do Brasileiro, o Paraná começa o campeonato reformulado e com um técnico novo para tentar voltar à Primeira Divisão em 2010 . Sob o comando de Zetti, vários reforços terão de convencer a torcida de que é possível subir, mas é bem provável que novamente os destaques acabem sendo os garotos da base paranista.

No ano passado, apesar de não ter conseguido ficar entre os quatro melhores, o Tricolor viu os jovens Everton, Giuliano e Rodrigo Pimpão despontarem. Ao serem vendidos para Flamengo, Internacional e Vasco, respectivamente, os três ainda renderam um bom lucro para o caixa paranista, já defasado por disputar a divisão intermediária.

Neste ano deve ocorrer o mesmo com Elvis, Bruninho e Rodolfo. Mesmo assim, o presidente do Paraná, Aurival Correia, acredita que o peso, tanto técnico quanto financeiro, não sobrecarregará apenas os garotos. "Há vários jogadores chegando que podem se destacar no Brasileiro. Além disso, temos uma participação, pequena ou grande, na maioria dos atletas — o que pode ajudar nas contas no final", conta.

O meia Bruninho concorda que a cobrança deva ocorrer em toda equipe. Mas o jovem também sabe que, ao brilhar na Segundona, pode fazer com que o Tricolor consiga uma boa negociação. "Poder ajudar o Paraná a subir e nas finanças é uma forma de retribuir ao clube, que está dando essa projeção de nos colocar no futebol nacional", garante o atleta.

Diante da atual situação do Tricolor, Bruninho tem consciência de que a pressão será grande por uma boa campanha e diz estar confiante no sucesso. Mesmo tom do presidente paranista. "A nossa expectativa é a melhor possível. Estamos montando um elenco que está de acordo com o nível da Série B. Vamos fazer a campanha necessária para subir e confiamos nisso", diz Correia.

A favor das expectativas do presidente está o desempenho das equipes da Série B nos estaduais. Dos 20 times, apenas dois foram campeões (Brasiliense e Fortaleza). Mas até o jovem Bruninho já sabe qual será o time a ser batido. "O Vasco deve ser o adversário mais forte. O resto está muito equilibrado", analisa o meia.

"São de oito a dez times que vão brigar com a gente", completa o presidente Aurival Correia, garantindo que o Tricolor não só pode conquistar uma das quatro vagas, como também tem chance de disputar com o Vasco pelo título. "É possível competir sim. Dinheiro não é tudo. Tem de montar um bom time para ser campeão", argumenta, apesar de bastar o acesso no final do ano para fazer a felicidade dos paranistas.

Tricolor larga desacreditado

Abandonado. Parece forte afirmar isso, mas assim deve ser o início do Paraná na Série B deste ano. As últimas decepções do clube afastaram de vez os tricolores da Vila Capanema e não há nenhuma perspectiva de que isto mude.

Segundo o vice-presidente da torcida organizada Fúria Independente, João Kitéria, a tendência é que o apoio das arquibancadas cada vez diminua mais. "Qual é a nossa empolgação para ir ao estádio? O ingresso é caro, o time é ruim, o gramado é longe do campo e a promessa de uma cobertura na curva norte até agora é só promessa", cobra.

Para Kitéria, a organizada vai fazer a sua parte, mas a torcida em geral está completamente desanimada e desacreditada. "Estão trazendo um caminhão de jogadores sem qualidade, que se somará aos que já estão aí ", reclama.

No ano passado, o cenário era diferente. Apesar do rebaixamento recente, uma campanha de marketing que tinha começado dois meses antes empolgava os paranistas. Na véspera da Série B, as filas dos interessados em se tornarem sócio-torcedores eram grandes, o que acabou logo na derrota na estreia para o Avaí, na Vila Capanema.

De acordo com o vice-presidente de marketing do clube, Marcelo Romaniewicz, foi feita toda uma estratégia que acabou não dando certo devido às atuações do time. "Começamos resgatando a auto-estima dos torcedores, com o ‘Sempre Paranᒠe o Giba. Depois ocorreu o lançamento da nova gralha e por último o sócio-torcedor", lembra.

Para esta temporada, a tendência é que as ações sejam mais pontuais. "Prefiro nem me manifestar sobre isso. Agora está tudo mais difícil, depende de uma série de fatores. Não vamos criar expectativas", lamenta Romaniewicz.

No ano passado, o time foi o 10º em média da público na Segundona, com 4.401 presentes por jogo – e 6º em arrecadação total (R$ 1.367.361,00). Nesta temporada, o clube só superou essa marca em quatro jogos – quando recebeu Londrina, Coritiba, Cianorte e Paranavaí.

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