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Corinthians defende investigação de briga

O Corinthians, por meio de nota oficial divulgado em seu site, pediu nesta terça-feira "punição exemplar" a todos os responsáveis pela briga generalizada entre torcedores do clube e vascaínos.

O clube também destaca o fato de um dos envolvidos na briga, Leandro Silva de Oliveira, sócio da Gaviões da Fiel, ser um dos presos em Oruro, acusados pela morte do jovem boliviano Kevin Espada, de 14 anos, e ressalta que o torcedor "foi libertado na Bolívia porque não havia, naquele triste episódio, provas contra ele". Mas salienta que no caso da confusão em Brasília, se houver provas contra Oliveira, "o Corinthians é favor de que se apure e que se cumpra o que a lei determina."

A briga entre torcedores do Corinthians e do Vasco, em Brasília, no último domingo (25), voltou a colocar a Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, na mira da Justiça. Nesta terça-feira, dois dias após o episódio ocorrido no Estádio Mané Garrincha, o promotor de Justiça do Consumidor Roberto Senise Lisboa afirmou que vai pedir novamente a extinção da organizada.

"Vamos entrar com inquérito civil para analisar a conduta das organizadas. Já existe uma ação que está em trâmite pedindo a dissolução da torcida e vamos entrar com uma outra ação civil por causa dos novos fatos pedindo a extinção", explicou Lisboa, em entrevista coletiva convocada nesta terça-feira.

O promotor, que também cobrará uma multa de R$ 30 mil à Gaviões, como prevê o Estatuto do Torcedor, lembrou que, em 2011, cerca de 50 organizadas assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) juntamente com o Ministério Público de São Paulo e o Ministério do Esporte. E que essa é a terceira vez, desde então, que a torcida corintiana se envolve em grandes confusões desde que foi signatária do TAC.

Lisboa lembra que seu papel é cuidar para que as organizadas, como entidades, sejam banidas. "O Estatuto do Torcedor fala da responsabilidade da torcida. Mas não fala da pessoa física. Todos nós queremos a organizada no estádio, mas não queremos pessoas que perdem controle em algumas situações e provoquem insegurança dos outros", explicou ele.

Na prática, porém, a extinção da torcida significa o fim daquela pessoa jurídica, apenas. "A Mancha Verde foi extinta e virou Mancha Alviverde. Pode até haver uma mudança de roupagem. A lei não proíbe isso. Mesmo com a extinção, as leis dificultam o fim do grupo", reforçou.

O promotor também comentou o fato de que, entre os torcedores envolvidos na briga do intervalo do jogo entre Vasco e Corinthians, estavam um vereador de Francisco Morato (SP) e um dos 12 corintianos que ficaram presos em Oruro. "Do ponto de vista criminal, eles serão investigados em Brasília."

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