Um dos líderes do movimento Bom Senso FC, o zagueiro Paulo André disse que a rodada do Brasileirão deste meio de semana será marcada por uma nova e surpreendente manifestação dos jogadores.
Na 30.ª rodada os atletas promoveram um abraço coletivo em todos os jogos para mostrar a união de seus membros. Para Paulo André, a atitude mostrou que o grupo está ganhando força nos gramados e arquibancadas.
"Depois de dois meses de fundação, conseguimos mais de mil assinaturas de jogadores das Séries A e B, que querem mudanças para o futebol do Brasil. Conseguimos reuniões com a CBF e com o governo, o que já é um grande feito, vendo que nenhum grupo de jogadores chegou perto disso", afirmou o zagueiro, em entrevista à TV Estadão.
Paulo André, contudo, admite que as reuniões e manifestações ainda não geraram resultados concretos. "Até o momento não tivemos um resultado prático das nossas ações", disse o zagueiro, que junto dos demais companheiros do Bom Senso FC terá uma audiência pública em Brasília na segunda-feira.
Questionado sobre o futuro e a possibilidade de o grupo apoiar algum candidato na eleição da CBF, em abril de 2014, ele negou que o Bom Senso tenha interesse em se envolver na escolha do próximo presidente da entidade.
"Defendemos nossos pontos. Para nos mantermos idôneos, devemos ficar fora da política da CBF", disse o atleta, que não deixou de fazer uma ressalva sobre a importância do cargo. "O futebol brasileiro é muito maior que organizar as Séries A e B e cuidar da seleção brasileira. O futebol brasileiro tem uma importância social".
O Bom Senso FC defende a mudança do calendário do futebol, entre outros pontos, para que os jogadores tenham direito a 30 dias de férias e 30 dias de pré-temporada, sem jogos em janeiro. O objetivo era implementar as mudanças a partir de 2014, mas o calendário do próximo ano ficaria muito apertado por causa da Copa do Mundo.
Por isso possíveis alterações devem ficar para 2015. Outras propostas, como o chamado Fair Play Financeiro, devem levar mais tempo para serem implementadas. Mais complexa, a medida prevê punição para os clubes que atrasem pagamento de impostos e salários.
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