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Juan Carrasco, em 35 partidas, muda muito o time, mas sem surpreender | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Juan Carrasco, em 35 partidas, muda muito o time, mas sem surpreender| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

O técnico Juan Ramón Carrasco ganhou, em cinco meses de trabalho à frene do Atlético, a pecha de inquieto por mudar constantemente os titulares do time e fazer substituições consideradas inusitadas para os padrões do futebol brasileiro. Entretanto, por trás dessa característica, o treinador se debruça sobre fórmulas repetidas.

Em 35 partidas na temporada, o comandante uruguaio só repetiu a escalação em duas oportunidades: entre a 10.ª e a 11.ª rodadas do Campeonato Paranaense, e também entre a segunda rodada do Estadual e a estreia na Copa do Brasil diante do Sampaio Corrêa-MA. Sinal da alta rotatividade do elenco, que já teve 37 jogadores em ação neste ano.

Só que, apesar de tantas mudanças, essa instabilidade é em certa forma programada e refletida principalmente nas substituições do treinador.

O torcedor atleticano, por exemplo, já se acostumou a não ver Harrison e Ligüera dividindo o mesmo espaço entre as quatro linhas. Quando um entra, o outro sai. Aliás, essa é a alteração mais comum de Carrasco durante as partidas. Em nove jogos isso ocorreu, sendo que Harrison saiu para a entrada de Ligüera em cinco ocasiões e a recíproca soma quatro vezes.

No quesito substituições, a principal vítima do comandante é Bruno Furlán que, em 16 jogos como titular, acabou sendo substituído em 13 deles. Ou seja, completou apenas 19% das partidas em que entrou como titular. Na sequência aparecem Ricardinho (12 substituições), Ligüera (11), Bruno Mineiro (10) e Harrison (8).

"Priorizamos a disciplina tática e não o jogador. A prioridade é para o jogador que se aplica. Por isso, troco", justifica Carrasco, que prefere não gritar na beira do gramado para que algum atleta se reencontre na partida. Para ele, vale o que foi treinado. "Não gesticulo, não falo, porque considero que trabalho muito no treino e falo o que tenho que falar. O jogador tem que fazer o que se trabalha e jogar", resume.

Na outra ponta, ele gosta de lançar mão de praticamente os mesmos atletas durante os embates. Os mais premiados foram Edigar Junio e Marcelo, além de Renan Teixeira e Zezinho, em oito ocasiões. A lista dos que mais entram é parelha, com outros jogadores na preferência: Harrison e Ligüera, ambos com sete substituições.

São esses os jogadores que por vezes são poupados, mas surgem como opção para mudar a cara do jogo. Mesmo assim, Carrasco reconhece que não há garantia de acerto. "Às vezes quando trocamos [de jogador], ganhamos a partida. Mas acontece de outras vezes não repetir o que se esperava."

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