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A Série D do Campeonato Brasileiro - a quarta divisão nacional - começou com um W.O. nesta sexta-feira (15). Sem salários há quatro meses, o elenco do Barueri se recusou a entrar em campo contra o Operário-MT, na Arena Barueri, em Barueri (SP), pela quinta rodada, e o time paulista foi considerado perdedor pela arbitragem após não aparecer para o duelo.

Como o jogo estava marcado para as 19 horas, a delegação do Operário seguiu para a Arena Barueri e entrou em campo normalmente, junto com o trio de arbitragem. Após esperar 30 minutos, o árbitro Rafael Traci (PR) confirmou o W.O. e decretou o time mato-grossense com três pontos.

"Tivemos que fazer nossa parte. Viemos até o estádio para cumprir nosso papel. É uma coisa triste, mas fizemos nossa obrigação", confirmou o presidente do Operário, Geovani Bannegas.

O Barueri vive situação crítica também dentro de campo. O time paulista está na lanterna do Grupo A6 sem nenhum ponto. Enquanto isso, o Operário chegou aos nove e se igualou ao Tombense-MG na primeira posição. Só perde a ponta no saldo de gols: 6 a 5.

W.O histórico para sindicato

Durante a tarde, os dirigentes do Barueri se reuniram com o elenco para tentar reverter a decisão. Os jogadores, no entanto, se permaneceram irredutíveis em meio a ofertas de renegociação da dívida e decidiram não ir para o jogo. Os membros da diretoria pediram para que os atletas esperassem até a próxima quarta para tomar qualquer medida drástica.

Por volta das 18 horas, o presidente do clube, Alberto Ferrari, apareceu no CT para tentar renegociar os vencimentos. O mandatário, que estava hospitalizado durante a semana para uma cirurgia de retirada de apêndice, levou um cheque com 50% do valor da dívida, não revelado, mas com medo de calote, os jogadores não aceitaram o acordo e não saíram da concentração.

"Hoje (sexta) foi escrita uma importante página na história do futebol brasileiro. Uma página triste, mas um marco do renascimento do nosso futebol", afirmou o advogado Felipe Rino, representante do elenco do Barueri e contratado pelo Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo (Sapesp).

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