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Torcedores do Londrina viajarão 900 km para acompanhar a final da Série C em Goiânia. | Roberto Custódio/JL
Torcedores do Londrina viajarão 900 km para acompanhar a final da Série C em Goiânia.| Foto: Roberto Custódio/JL

O engenheiro civil Márcio Rogério Paschoalinotto já está de malas prontas para Goiânia. Na noite de sábado (21), o compromisso é acompanhar o Londrina no jogo contra o Vila Nova, às 19h30, no Estádio Serra Dourada. Ele é um dos cerca de 500 apaixonados pelo Tubarão que vão percorrer os 900 km até a capital de Goiás, no Centro-Oeste, para assistir à final da Série C do Brasileiro.

A paixão não é nova: Paschoalinotto já ia ao Estádio do Café quando criança, na década de 1970. “Era moleque ainda e meu pai já me levava para ver os jogos”, lembra. Loucuras, foram algumas. “Lembro que um tio meu me jogou para dentro do campo na final do Paranaense de 1981, contra o Maringá. Ainda tenho um pedaço da rede do gol, e se procurar bem é capaz que encontre algumas moitas de grama do Café”, disse, rindo.

Se para os jogadores do Londrina as duas semanas entre os jogos foi benéfica – o atacante Bruno Batata saiu de campo com uma lesão na coxa na primeira partida da final, mas já está recuperado para o jogo da volta –, para os torcedores o tempo de espera tem sido quase uma tortura. “Não dá nem para dormir nesses dias, estou doido para chegar logo a hora do jogo”, brincou o engenheiro.

Outro que está ansioso é o supervisor de recursos humanos Pedro Donizete Cristóvão. Ele trabalha junto com Márcio, e também já está se preparando para a viagem do fim de semana.

“Estou a mil. A gente vê esse time crescendo desde a Série D, agora é a hora de garantir o título. Passamos por muita coisa para perder a oportunidade de ver esse jogo. São 15 horas de viagem na ida e mais 15 na volta. Não importa, vale a pena para quem torce de verdade”, comentou.

Vítor, Bruno Batata e Germano são as apostas do auxiliar administrativo Jéfferson Paolo Roncarate para decidir o jogo final. A paixão pelo Tubarão não é tão antiga quanto a dos outros colegas de trabalho: ele se lembra de ter ido ao Estádio do Café pela primeira vez em uma decisão do Londrina contra a Portuguesa Londrinense há 15 anos. Mesmo assim, o sangue ferve ao ver o time do coração em campo.

“Chegamos a pensar que não ia ter mais Londrina quando o time caiu para a divisão de acesso no estadual. Muitos dirigentes passaram pelo clube parece que com a única intenção de afundar ainda mais o Londrina. Mas graças ao trabalho do Sérgio Malucelli [gestor do time] e do [técnico Cláudio] Tencati, hoje o time está dando muitas alegrias à torcida. Isso vai ajudar muito a trazer cada vez mais a molecada para as arquibancadas, renovando a torcida”, disse o torcedor, que assim como Márcio e Pedro vai ver a decisão de perto, lá no Serra Dourada.

Embarque

A delegação do Londrina embarcou para Goiânia quinta-feira (19) em clima de tranquilidade. No embarque no Aeroporto José Richa, os jogadores evitaram falar que o título está garantido, já que o Tubarão venceu a partida de ida por 1 a 0 e agora tem a vantagem de jogar pelo empate para ser campeão.

“A gente tem que ter equilíbrio e saber como agir. É hora de colocar em prática todas as estratégias que treinamos ao longo desse tempo todo. O entusiasmo é natural, mas o equilíbrio torna-se fundamental para que nada possa nos prejudicar”, afirmou o capitão Germano.

Na despedida do time, a torcida apareceu para motivar os jogadores. Fanático pelo Tubarão, Rafael Fujarra, tinha a receita do sucesso: “Vim trazer humildade e raça. Não tem como perder: ‘tá tudo blindado”, sentenciou.

O apoio motivou ainda mais os atletas do LEC. “Me sinto realizado, moro em uma bela cidade e trabalho em uma grande equipe. O torcedor do Londrina pode esperar muita luta e muita determinação porque vamos honrar essa camisa. A energia positiva que nos mandarem daqui vai nos ajudar muito”, destacou Bruno Batata, artilheiro do time, com cinco gols.

Nesta sexta (20h), o time faz um treino leve no centro de treinamentos do Goiás.

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