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CBF espera contato oficial do movimento dos jogadores

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não quis se manifestar sobre o movimento dos jogadores que pede mudanças no calendário nacional. Segundo o diretor de comunicação Rodrigo Paiva, a entidade espera receber um comunicado oficial dos atletas para se posicionar sobre o assunto e agendar uma possível reunião para discutir o caso.

Na nota divulgada para a imprensa nesta terça-feira, o movimento dos jogadores reivindicou uma reunião com a CBF para tentar alterar o calendário, que prevê cinco dias de pré-temporada em 2014 se for cumprida a lei trabalhista que determina 1 mês de férias. Eles defendem também um número máximo de partidas a serem disputadas por mês.

Rodrigo Paiva explicou que, por enquanto, o que se vê é uma "ação midiática". Ele ressaltou, porém, que o presidente da entidade, José Maria Marin, está sempre disposto a conversar com os atletas.

O manifesto de 75 jogadores profissionais que atuam no país criticando o calendário brasileiro surpreendeu Alfredo Sampaio, presidente em exercício da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf). O dirigente sindical diz estar na torcida pelos atletas e sugere uma greve na reta final do Brasileirão.

"Tem de se fazer greve nas duas últimas rodadas para que não haja partidas. Se não for de forma contundente, não vai mudar nada. Acho que esse grupo pode fazer o que não conseguimos", declara Sampaio.

O movimento conta com nomes de peso como Paulo Baier (Atlético), Rogério Ceni (São Paulo), Zé Roberto e Dida (Grêmio), Alexandre Pato e Paulo André (Corinthians) e Juninho Pernambucano (Vasco).

O dirigente se colocou à disposição, mas lamentou que a sua entidade tenha ficado fora do movimento. "Eu recebi esse manifesto com dois sentimentos. Um de grande felicidade, pois pela primeira vez estamos vendo jogadores fazendo uma movimentação por mudanças de forma coletiva, e isso é de extrema importância. O outro sentimento é de tristeza pelo sindicato ter sido ignorado. Dá uma sensação de vazio", diz.

Mais experiente que os atletas no movimento sindical, Sampaio diz que enviou uma mensagem aos jogadores. "Na manhã desta terça eu enviei um texto para todos os capitães de clubes e acho que é preciso um plano B, pois sentar na mesa e conversar com CBF e televisão é duro. Se a CBF falar não, o que deve ser feito?", questiona.

"Estou no apoio e na torcida, mas vamos aguardar os próximos capítulos. Quero ver se esse movimento vai ter fôlego e coragem. Uma coisa é a gente que representa a entidade, outra é eles que atuam no dia a dia e terão de encarar os dirigentes. Se fizerem algo, vai ser histórico. A torcida é para que consigam, pois estamos do lado deles", completa.

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