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O meia Lincoln viveu uma situação inusitada na última rodada: conseguiu ser vaiado e aplaudido em questão de minutos. No domingo, chateada com o título iminente do rival Atlético no primeiro turno estadual, a torcida coxa-branca descontava parte da sua insatisfação no atleta. O alívio à pressão das arquibancadas veio após o gol marcado pelo meia, um dos cinco anotados na goleada sobre o Roma Apucarana.

Ele reconhece nunca ter passado do inferno ao céu tão rápido e aproveitou para rebater os seus críticos. "Realmente eu não entendi aquelas vaias. Mas respeito", garante. "O que acontece normalmente com vaias é que vêm após uma sequência de jogos ruins e não é o que ocorreu comigo. Eu venho trabalhando para fazer a minha parte, seja um ou outro gol, uma ou outra assistência. Também não foram todos [que vaiaram]", justifica.

Dos 11 jogos neste Paranaense, Lincoln atuou em 10 e foi substituído em seis. No total foram três gols e duas assistências até agora com a camisa alviverde.

Além do rótulo de principal contratação da temporada, o jogador acha que a sua personalidade pode ter contribuído para a ira dos coxas-brancas. "Falam que o Lincoln é uma estrela, que o Lincoln é isso. Não. Eu sou uma pessoa muito tranquila, mas fechada. Quando eu falo é com propriedade e a verdade", diz.

O atleta admitiu que já havia sofrido pressão quando estava no Palmeiras, no ano passado. Porém, a grande diferença entre os torcedores alviverdes é que os paulistas não vaiavam durante o jogo.

Lincoln também defendeu-se das críticas da imprensa, ponderando que as dificuldades são normais no início de temporada.

"O meu rendimento, na minha opinião, está bom. Claro que posso melhorar. Mas, às vezes, a gente vê um ou outro tipo de comentário que não é verdade ou que as pessoas analisam por 10, 20 minutos, um tempo. Infelizmente no futebol nós não lidamos com pessoas que sabem, que entendem o que a gente fala", ataca.

Para ele, se o Coritiba tivesse conquistado o primeiro turno, as avaliações dos especialistas seriam bem diferentes. "O que eu quero deixar claro é que às vezes as pessoas analisam por um momento, por um fato, que de repente não é a verdade toda", reforça.

O meia considera que o Coxa não fez nada de errado no primeiro turno. E que a única diferença em relação a 2011 seria que os adversários estariam em um nível melhor.

Outro ponto de comparação que ele descarta é quanto a Marcos Aurélio, o ex-títular da camisa 10. "Os jogadores que aqui passaram tiveram suas histórias. Outros que chegaram têm a possibilidade de fazer as suas. O futebol é muito dinâmico, não tem como comparar", diz o atual dono do posto.

"Eu não vim aqui visando ser ídolo. Sou muito tranquilo. Eu trabalho com a cabeça sempre voltada para o simples, para tentar ajudar", finaliza Lincoln.

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