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Guerrón, 12 gols na temporada: “Fico sonhando em marcar o gol que poderá dar o título ao Atlético”; Emerson, oito gols no Paranaense: “Posso ajudar a minha equipe não só ali atrás como na parte ofensiva também” | Fotos: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo e Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Guerrón, 12 gols na temporada: “Fico sonhando em marcar o gol que poderá dar o título ao Atlético”; Emerson, oito gols no Paranaense: “Posso ajudar a minha equipe não só ali atrás como na parte ofensiva também”| Foto: Fotos: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo e Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Arbitragem

Dia das Mães especial para Dona Luciana

Da Redação

O placar de hoje não interessa à Dona Luciana. Nem quem dará a volta olímpica. Como presente no Dia das Mães ela só espera um jogo tranquilo e sem polêmicas para o filho Adriano Milczvski, o árbitro do clássico decisivo.

Apaixonado por futebol desde pequeno e após investidas frustradas como atleta, restou a Milczvski continuar nos gramados como juiz. Hoje ele encara a partida mais importante. "A final é? Ah, meu Deus", disse a dona de casa, de 67 anos.

A violência sempre relacionada ao Atletiba e o clima muitas vezes quente dentro de campo a preocupa um pouco. Porém, ela define a tranquilidade como uma das qualidades do filho. "Ele não esquenta a cabeça. A gente às vezes fica surpresa ao vê-lo fazendo cara feia, chamando a atenção dos jogadores dando cartões amarelos, vermelhos. Mas é o trabalho dele", comenta.

Dona Luciana relembra que Adriano sonhava ser jogador de qualquer jeito e, quando era pequeno, não largava a bola. "Aqui no Boqueirão [bairro onde a família mora], havia muitos campinhos. Ele voltava para casa um barro só", recorda.

O jeito então foi apoiar a carreira como árbitro. "Fui na formatura. Teve um jantar. Foi simples, mas a gente se emociona, né?", comenta. Contudo, ela nunca foi ao estádio, assiste às atuações quando dá pela televisão. Ela disse já ter se acostumado com os xingamentos, mesmo com as tradicionais ofensas às genitoras. "Coisa de futebol", ameniza.

Zagueiro alviverde e atacante que só estreou no 2º turno são as principais armas ofensivas da decisão. Um espera surpreender mais uma vez no ataque; o outro até sonhou com o gol do título

No começo desta temporada era difícil imaginar que Emerson, por jogar na defesa, seria o artilheiro do time no ano com 8 gols. Da mesma forma, era pouco provável Guerrón, que só vestiu a camisa do clube em março, se tornaria o principal matador do Atlético com 12 bolas na rede. Mas eles subverteram a lógica.

O defensor alviverde já havia mostrado seus dotes ofensivos no ano passado. Mas com Anderson Aquino, Roberto e Marcel no elenco, estava longe de ser o principal jogador a ser marcado. O abuso das jogadas aéreas do time de Marcelo Oliveira permitiu que o camisa 3 se destacasse. "Fico feliz pelo desempenho que eu tive durante este campeonato, podendo ajudar a minha equipe não só ali atrás como na parte ofensiva também", diz o zagueiro.

O equatoriano, por outro lado, teve de correr atrás do tempo perdido. A indefinição sobre a permanência dele no CT do Caju – agravada pela declaração que "não estava feliz no clube" – atrasou a estreia no ano, o que ocorreu na segunda rodada do 2.º turno. Só que de lá para cá ele acumula a invejável marca de um gol por jogo.

Média essa que ele não quer ver diminuir, ainda mais porque ficou de fora do primeiro jogo da final – estava suspenso por ter agredido Lucas Mendes. "Fico imaginando como será o jogo, pensando em possíveis jogadas e sonhando em marcar o gol que poderá dar o título ao Atlético", revelou, via assessoria de imprensa.

Apesar de Emerson ser go­­leador do Coxa, o duelo em campo será mesmo de atacante-zagueiro. Embate que o defensor pretende sair vitorioso. Ele espera ter o segredo para parar o camisa 7 rubro-negro. "Temos de nos preocupar, marcar e encostar [nele]. Não podemos deixa-lo fazer o ‘facão’, como dizemos na nossa gíria. É um jogador poderoso e que vai dar trabalho, mas já trabalhamos para pará-lo."

A marcação e as encostadas têm irritado Guerrón. Mas depois da expulsão no Atletiba do segundo turno, ele reconhece que precisa manter a calma. "Sempre ro­­la aquele frio na barriga [antes do jogo], pois se trata de uma decisão. Só não podemos entrar no jogo excessivamente pilhados", encerra o avante rubro-negro.

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