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O técnico Juan Ramón Carrasco observa Pablo disputando a bola com o goleiro Vinícius: ataque rubro-negro passa por um momento de reformulação | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
O técnico Juan Ramón Carrasco observa Pablo disputando a bola com o goleiro Vinícius: ataque rubro-negro passa por um momento de reformulação| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Personagem

Técnico veta Pablo como atacante

Improvisado como lateral-direito desde o início do Paranaense, o atacante Pablo é o único jogador do setor ofensivo que ainda não recebeu uma chance para fazer gols. E, ao que tudo indica, o jovem revelado pelas categorias de base do Atlético não deverá ter tão cedo uma oportunidade em sua posição original.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de aproveitar Pablo na frente, o técnico Juan Ramón Carrasco declarou: "Pablo Felipe? Quantos gols ele fez de atacante? Primeiro o goleador tem de fazer gols na categoria juvenil. Se tal jogador fez 30, 40, 50 gols... Mas hoje o jogador faz 8, 10 gols... devagar, devagar".

No ano passado, Pablo foi o destaque da equipe júnior do Furacão na Taça Belo Horizonte, tradicional competição de base. Os dez gols marcados na disputa o credenciaram para subir ao profissional e garantiram um contrato até agosto de 2016 com o clube.

Durante o Brasileiro, ele atuou três vezes, com os técnicos Renato Gaúcho e Antônio Lopes. Estreou na derrota para o Atlético-MG (1 a 0), foi titular também contra o Grêmio (4 a 0) e entrou no segundo tempo do empate com o Palmeiras (2 a 2). Em seguida, sofreu uma contusão e acabou fora da equipe até o encerramento do Nacional.

A semana de treinamentos no CT do Caju foi de preocupação in­­tensa com o fraco desempenho recente do ataque do Atlé­­ti­­co. Não por acaso, esse é o único setor da equipe que o técnico Juan Ramón Carrasco ainda não definiu para o confronto com o Cianorte, amanhã, às 18h30, na Vila Capanema.

A dor de cabeça do uruguaio tem origem, principalmente, nas duas últimas partidas do Furacão. Primeiro, a classificação apertada na Copa do Brasil – com a vitória por 1 a 0 so­­bre o Sampaio Corrêa. Depois, o empate que praticamente excluiu o ti­­me da briga pelo título do se­­gundo turno do Paranaense, no 1 a 1 com o Roma.

"A nossa preocupação, se olharmos os últimos jogos, é a definição das jogadas. Erramos muito. Cria­­mos chances, mas não conseguimos concluir. Os rivais criaram pouco e concluíram. Nesta semana nós trabalhamos mais nesse aspecto, com treinos técnicos e táticos", comenta Carrasco.

Desapontado, o treinador não quis confirmar nenhuma das três posições disponíveis no setor ofensivo. As opções são Bruno Furlan, Mar­­cinho, Bruno Mineiro e Guer­­rón. Um dos três será reserva. "As três vagas estão em aberto. Não se está fazendo gol pela esquerda, nem pela direita, nem pelo meio", afirma o uruguaio.

Seja qual for a escolha, a intenção é não perder o embalo do turno inicial do Estadual. Nos 11 primeiros compromissos, o Rubro-Negro marcou 26 gols, média de 2,3 – se­­gundo ataque mais positivo da competição, apenas dois atrás do Coritiba.

Além disso, o Atlético fez o artilheiro dessa etapa: Bruno Mineiro, com oito anotados. O camisa 9, no entanto, ainda não balançou a re­­de no returno – e ainda desperdiçou um pênalti contra o Rio Bran­­co, na Vila Capanema.

"Os goleadores precisam de con­­tundência. Às vezes o arco se fecha, a bola bate na trave. Os atacantes não estão conseguindo definir. Mas estou olhando, trabalhando muito. Quero ver se vamos ter de trocar", diz Carrasco. No returno, foram nove gols em quatro jo­­gos, média de 2,2 por partida.

Para o encontro com o Leão do Va­­le, ele terá novamente à disposição o meia Martín Ligüera e o avante Ricardinho, recuperados de le­­são. Mas não deve aproveitá-los desde o início. "Eles têm grande possibilidade de entrar no decorrer da partida", declara o técnico.

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