O péssimo desempenho em campo – apenas dois pontos conquistados de 30 possíveis - não é o maior problema do Prudentópolis, lanterna do Paranaense e ‘garantido’ no Torneio da Morte.
Pelo segundo ano consecutivo na elite do futebol estadual, o Prude resume a dificuldade dos clubes do Interior em fazer futebol. Com orçamento de R$ 150 mil mensais durante o período da competição e apoios e bilheteria escassos, é difícil não ficar no vermelho.
“O gasto é maior que a arrecadação, mas estamos com as contas em dia. Sobrou para o empresário Roberval Machado, que desde 2013 está com um rombo de cerca de R$ 1 milhão”, explica o presidente Valdir Cagnini.
O cenário de contas negativas é comum entre as equipes. Para alguns, como no caso do Maringá, a verba de televisão (R$ 280 mil) paga somente uma folha salarial. “Acho que no fim vamos empatar [nas contas]. No ano passado, com vice-campeonato e tudo, só ganhamos reconhecimento”, fala João Regini, presidente da Zebra.
Para o gestor do Londrina, Sérgio Malucelli, é impossível fechar a temporada sem concretizar a venda de algum destaque. Em 2014, a ida do camaronês Joel para o Cruzeiro aliviou as contas do Tubarão. “O campeonato é deficitário, como todos os outros. Temos de vender dois jogadores pelo menos”, conta o empresário, que prefere não por toda a culpa na Federação Paranaense de Futebol(FPF), que bancou as taxas de arbitragem na primeira fase. “Querem um futebol forte, mas não dividem o bolo. Na Série C a ajuda da CBF não será quase nenhuma também”, reclama Malucelli.
Estreante na elite regional, o Foz do Iguaçu só vai conseguir cobrir os gastos caso chegue à semifinal. Se parar nas quartas, o déficit será de aproximadamente R$ 400 mil. Mas nada que desanime quem chegou à elite por convite para substituir o desistente Arapongas.“No ano que vem recuperamos”, diz o presidente, Arif Osman.
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