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“Organizados” de Atlético e Coritiba: rivalidade muitas vezes vira intolerância e violência | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
“Organizados” de Atlético e Coritiba: rivalidade muitas vezes vira intolerância e violência| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Memória

As diferentes trapalhadas do Paranaense 2012:

• Atletiba das Cinzas

As confusões do Estadual 2012 começaram ainda no ano passado, quando a Federação Paranaense de Futebol (FPF) marcou o primeiro Atletiba – principal duelo da disputa – para uma Quarta-Feira de Cinzas, último dia do feriado de carnaval.

• Sem casa

O início do campeonato foi marcado pela busca inglória do Atlético por um estádio para mandar suas partidas – em virtude do fechamento da Arena para as obras da Copa do Mundo. A FPF, o Coritiba e o Paraná entraram na conversa até que o Furacão acabasse decidindo pelo Ecoestádio. Mais tarde, o clube entraria em acordo com o Tricolor e passaria a jogar na Vila Capanema.

• Torcida única

O agendamento incomum do clássico detonou uma longa discussão sobre a ideia de disputá-lo com apenas uma torcida no estádio (foto acima), lançada pelo Atlético. E após muita confusão, assim foi feito, pela primeira vez nos 87 anos de história do confronto. Somente atleticanos assistiram ao empate por 0 a 0 (22/2).

As confusões do Paranaense 2012 parecem não ter fim. O problema da vez aponta para o que pode se transformar em um Atletiba longe das quatro linhas, pelas ruas da cidade. Tudo porque a Federação Paranaense de Futebol (FPF) marcou para Curitiba, no domingo do feriado de Páscoa, os compromissos de Atlético e Coritiba.

De acordo com a tabela homologada pela entidade na última sexta-feira, o Furacão enfrenta o Corinthians-PR, no Janguito Malucelli, às 15h30. Em seguida, às 18h30 – cerca de uma hora após o término do jogo do Rubro-Negro – o Coritiba pega o Cianorte, no Couto Pereira.

A possibilidade de as torcidas rivais se encontrarem assusta o comando da Polícia Militar. "A chance de encontro é muito grande. Você está jogando combustível esperando que alguém toque fogo", afirma o Coronel Ademar Cunha Sobrinho, comandante do 1.º Comando Regional da PM.

Diante desse quadro de confronto iminente, a polícia entrará em contato com a FPF, hoje pela manhã, para solicitar que seja alterada a data de uma das partidas. "Vamos pedir a troca de dia ou, pelo menos, que os horários dos jogos sejam mais distantes", complementa Sobrinho.

As declarações do coronel contradizem o que afirmou Amilton Stival, vice-presidente da FPF. "Já foi conversado com a Polícia Militar, está tudo certo, tudo legal", diz.

O dirigente explica os motivos que o levaram a agendar para o mesmo dia as partidas da dupla Atletiba. "O Atlético joga na quinta-feira [pela Copa do Brasil, contra o Criciúma], não tem como jogar no sábado. E são estádios em lugares diferentes da cidade, ônibus diferentes."

Além da PM, o Ministério Público do Paraná, que já se envolveu em outros temas do Estadual, também está atento para a coincidência. No entanto, conforme sua assessoria de imprensa, o órgão prefere esperar uma reunião entre os interessados para se pronunciar.

Em compasso de espera também está o Coritiba. "Esse é um problema de segurança pública. Vamos apenas aguardar as determinações da Polícia Militar", comenta Ernesto Pedroso, vice-presidente de futebol do Alviverde.

O Furacão, por sua vez, quer primeiro tomar conhecimento do assunto. "Eu não estou em Curitiba, estou em São Paulo. Na quarta-feira [amanhã] estarei na cidade e posso falar melhor", declara Dagoberto dos Santos, diretor-geral do clube.

BilheteriaEm nome da segurança, Timãozinho "reduz" o Ecoestádio de novo

Corinthians-PR e Atlético, domingo, às 15h30, no Janguito Malucelli, será para apenas 800 torcedores – a capacidade total da praça esportiva é de 3.976 pessoas. Em virtude do atraso da inauguração da passarela sobre a BR-277 (saída para Ponta Grossa), quase em frente do estádio, o clube do Barigui decidiu repetir a estratégia da partida com o Coritiba, no dia 4 de março.

Naquela vez, a medida nasceu de uma proposta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que visava evitar novos problemas decorrentes da circulação de torcedores nas proximidades do Janguito. No confronto entre o Furacão e o Roma, dia 1º de fevereiro, o torcedor rubro-negro André Scaramussa Lopes morreu atropelado ao tentar cruzar a rodovia.

A concessionária que administra o trecho prometeu para a última semana de março a abertura da passarela. No entanto, a estrutura deve ser liberada somente ao fim deste mês.

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