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Artilheiro do Coritiba e principal contratação do clube, o meia Lincoln, com sete gols, carrega a responsabilidade de ser decisivo contra o Tubarão | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
Artilheiro do Coritiba e principal contratação do clube, o meia Lincoln, com sete gols, carrega a responsabilidade de ser decisivo contra o Tubarão| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

Adversário

Londrina joga com o regulamento para preservar "gordura"

Cícero Bittencourt, especial para a Gazeta do Povo

Três pontos à frente do Coritiba no segundo turno do Paranaense (15 a 12), o Londrina vai entrar em campo hoje no Couto Pereira com o regulamento debaixo do braço. Ou seja, um empate será muito comemorado. "Não há dúvida que o empate é um bom resultado. Se vier a vitória será fantástico, mas por mais que o Coritiba não esteja em um bom momento, ainda é uma equipe muito forte e a torcida espera uma reposta deles. Vai ser um jogo complicado", revelou o técnico Cláudio Tencatti.

Assim, manter no mínimo a vantagem sobre o Coxa é o principal objetivo do LEC. Cauteloso, o treinador afirmou que irá fazer alterações táticas no time, mas preferiu não revelar quem serão os 11 titulares.

O único desfalque certo é o atacante Alexandre Oliveira, ex-Coxa, que sofreu uma lesão muscular e nem acompanhou a delegação. Warley é o favorito para ocupar a vaga. "É um jogo decisivo, tanto para nós quanto para o Coritiba. Temos ainda uma gordura para queimar, mas não queremos gastá-la", explicou Tencatti.

Apesar do bom futebol apresentado pelo Tubarão nesta segunda fa­­se do Paranaense, com cinco vi­­tórias em cinco jogos, 15 gols marcados e nenhum sofrido, a principal aposta do time deverá ser nos con­­tra-ataques. "Sabemos que vai ser difícil. Temos de entrar com vontade, correndo muito, marcando e aproveitando as oportunidades que tivermos", declarou o lateral-direito Ayrton.

  • Cláudio Tencatti, técnico do Londrina: aposta nos contra-ataques

A situação do Coritiba é crítica no Paranaense. A posição na tabela do returno, delicada. E as atuações do time não convencem. Com esse panorama até então atípico para o contexto vitorioso da equipe comandada por Marcelo Oliveira no ano passado, apenas uma goleada por cinco gols de di­­ferença contra o Londrina – às 19h30, no Couto Pereira – serviria para apagar de vez o princípio de incêndio que se precipita no Alto da Glória.

Uma vitória simples, contudo, já servirá para estabilizar o am­­biente, ao menos até as próximas rodadas. A derrota para o Ara­­pongas, por 2 a 0, não deixou o Al­­viverde apenas em dificuldades na competição, mas fragilizou o time na tabela. O triunfo sobre o Tubarão, que tem 100% de aproveitamento no segundo turno, surge como uma cartada decisiva para o Coxa.

O time de Cláudio Tencati fez 15 pontos em cinco jogos. É líder com o melhor ataque desta fase (15 gols), e tem a melhor defesa (não sofreu gols). Um contraste forte em relação ao Coxa. Com 12 pontos, o Alviverde também precisa descontar a diferença de nove gols de saldo para depender apenas dele na luta pelo título do returno – que levará à final do Estadual com o Atlético.

"Acho improvável [vencer de goleada]", afirma o técnico Mar­­celo Oliveira. "Acho que não é o caso nem de se entrar pensando que vamos fazer cinco gols. Mas no futebol tudo é possível. Nossa esperança é de ganhar o jogo e produzir mais, de criar uma ex­­pectativa nova, de conseguirmos um time mais equilibrado, mais competitivo e termos mais inspiração."

As dificuldades do Coritiba são tão evidentes que uma simples olhada na tabela de artilheiros do time revela o desempenho inconstante dos setores da equipe. O vice-goleador, por exemplo, é o zagueiro Emerson, que tem seis gols e não vai jogar porque cumpre suspensão automática. A mar­­ca dele, entretanto, equivale à soma de bolas na rede de todo o ataque alviverde. Dos cinco jogadores do setor, apenas Marcel com quatro, Caio e Anderson Aquino com um cada, marcaram – o artilheiro do time é o meia Lincoln, com sete. Já a defesa "go­­leadora" tem média de um gol so­­frido no returno.

"A cobrança sempre existe, pois todo mundo sabe que a torcida cobra. Mas vai dar certo, vai dar certo...", diz o volante Willian, que pode ser uma das novidades do time. Outro atleta que entra é Démerson, exatamente no lugar do expulso Emer­­son. "Ninguém quer perder, mas a derrota uma hora ou outra ia acontecer. O im­­portante é levantar a cabeça e pensar no Londrina que é o nosso adversário direto na briga pelo segundo turno", fala o defensor.

Marcelo Oliveira não revelou a equipe titular. Ontem, fez mais um treino fechado para tentar acertar uma formação que possa mostrar criatividade, organização e equilíbrio. O treinador ad­­mite a dificuldade em encontrar o time ideal, e indica que um dos motivos é exatamente as mudanças constantes na escalação.

"Futebol tem disso. Às vezes vo­­cê tira um ou outro jogador e o time se desorganizada, se perde muito. Às vezes uma ou duas pe­­ças se encaixam e o time produz mais. E, realmente, ou por contusão, por opção ou convicção, tivemos de mudar", explica. "Tenho convicção de que neste ano al­­terna­­mos muito. E, embora tivemos coisas boas, ainda não encaixamos aquele time que nos de equilíbrio no jogo todo", analisa o téc­­nico, que ontem teve outro pro­­ble­­­­ma: Renan Oliveira, com dores de joelho, foi vetado.

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