O efetivo policial destacado para a final de domingo entre Maringá e Londrina, no Willie Davids, às 16 horas, será duplicado em relação às outras partidas disputadas na cidade. Considerado de risco, o evento vai contar com mais de 300 oficiais da Polícia Militar e da Guarda Municipal, além do reforço de 80 seguranças particulares no interior do estádio.
"Esse contingente é atípico e até uma novidade para nós", destacou o chefe da Guarda Municipal de Maringá, João Carlos Virmont Porto, que nas outras partidas da Zebra mobilizava no máximo 20 guardas para ajudar na segurança do entorno.
Só da PM estarão a serviço mais de 250 oficiais, incluindo a tropa de choque. A preocupação principal está em confrontos entre as duas torcidas. Por isso, além dos seguranças particulares, a corporação vai intensificar o isolamento dos torcedores no Willie Davids.
Um trabalho que vai começar em Londrina, na escolta dos ônibus que levarão torcedores até o jogo -- a previsão é que 20 coletivos façam o transporte rumo a Maringá, somando mais de 800 pessoas. Esse pessoal terá sempre a presença de força policial, inclusive enquanto a bola rolar e no caminho de volta para a cidade que está a 100 quilômetros de distância.
"Temos uma preocupação porque é um evento importante. Conversamos com as lideranças das torcidas para que não haja confrontos. Mas com o efetivo de Londrina e o reforço da Polícia Rodoviária Estadual, temos um esquema bem montado para o jogo", tranquiliza o comandante do 4.º Batalhão da Polícia Militar de Maringá, Antônio Roberto dos Anjos Padilha.
Toda a movimentação das forças policiais vai começar ainda no período da manhã, isolando ruas próximas ao estádio. Até por isso, a tendência é que o telão que seria montado ao lado do Willie Davids seja transferido para outro lugar. Por enquanto, porém, não há uma definição a respeito do assunto.
Cambistas
Enquanto a Polícia Militar e a Guarda Municipal se preocupam com a segurança dos torcedores, a Polícia Civil já tem acumulado trabalho para impedir a atuação de cambistas nesta semana e no dia do jogo. Até agora, foram presas cinco pessoas vendendo ingressos com preços inflacionados. Ao todo foram apreendidos 91 bilhetes, que eram comercializados entre R$ 80 e R$ 150 -- o valor original era de R$ 40 na área descoberta e R$ 60 no setor coberto. Os criminosos assinaram um termo circunstanciado e vão responder em liberdade. A pena prevista pelo Estatuto do Torcedor é de um a dois anos de detenção.
A Polícia Civil tem contado com a ajuda da população para que denuncie a ação dos cambistas, inclusive na internet. "Estamos monitorando alguns sites, algumas redes sociais, em que algumas pessoas estão oferecendo ingressos para vender", explica o delegado-chefe da 9.ª Subdivisão Policial, Sérgio Luiz Barroso.
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