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Ruy é um dos principais ídolos do Operário. | Josue Teixeira/Gazeta do Povo
Ruy é um dos principais ídolos do Operário.| Foto: Josue Teixeira/Gazeta do Povo

O Couto Pereira verá uma cria da base do Coritiba campeão paranaense neste domingo (3) – mesmo que o título fique com o Operário. Condição que caberia ao meia Ruy, de 26 anos, formado no CT da Graciosa, mas camisa 10 e referência técnica do Fantasma.

Da mesma turma no Coxa de Luccas Claro, Lucas Mendes e Thiago Real, Ruy chegou de Itapeva, interior de São Paulo, com 15 anos e foi um dos muitos garotos da base alviverde cogitado como sucessor de Alex.

“Ele era um meia habilidoso, com característica parecida do Marlos. Sempre demonstrou qualidade, mas tinha dificuldades com a falta da família”, recorda Thiago Real.

O ex-coxa-branca, hoje no Bahia, coincidentemente nasceu no mesmo dia do camisa 10 do Fantasma. “Na base eram quatro que tinham nascido dia 26 de janeiro de 1989. A gente até brincava que o Ruy era gato porque parecia mais velho”, admite Real.

Entre idas e vindas do time profissional para os juniores, Ruy Franco de Almeida Júnior pouco empolgou e foi colocado à disposição para ser negociado. Em 2009 ocorreu o empréstimo para o Vilhena, de Rondônia. Na metade do ano seguinte, o destino foi o Ribeirão, de Portugal. Em julho de 2011 o contrato com o Coxa terminou e o clube liberou o jogador,

“Acredito que naquela época faltou amadurecimento como atleta e como pessoa [para ser melhor aproveitado no Alviverde]”, avalia o empresário Gustavo Sabino. “No Coritiba ele não tinha a cabeça que tem hoje, pai de família, com várias metas”, lembra a esposa Bruna Caroline de Oliveira Silva.

Ruy, assim como o restante do elenco do Fantasma, está proibido de dar entrevistas nesta semana.

Sem contrato com o Coxa, o meia voltou para Portugal, onde viveu a época mais difícil da carreira. Além de sofrer com uma contratura na coxa e uma pubalgia, ele, já casado, não viu nascer a primeira filha, Nathália. Demorou três meses para conhecer a primogênita.

“Ela nasceu na metade de setembro e só liberaram ele na metade de dezembro para voltar ao Brasil. A gente conversava todo dia pela webcam. Não foi fácil, mas eu tinha a minha família para ajudar”, lembra Bruna.

Há dois anos Ruy também não viu nascer a segunda filha, Nicole. Desta vez porque o Arapongas, clube que começou a defender em 2012, estava fazendo uma turnê de amistosos na Áustria.

Antes de chegar em Ponta Grossa em dezembro de 2014, o meia ainda passou pelo Maringá na Série D do ano passado. Mas foi no Fantasma que Ruy se destacou neste ano, com possibilidades de ser campeão estadual e craque do campeonato. “E eu aposto que ainda vai viver o auge depois do Estadual”, afirma o empresário.

Com contrato até o final do Paranaense, Ruy ainda não sabe onde estará com a família em junho. Para que o atleta fique focado apenas na disputa do título, os seus empresários não falam sobre propostas ou permanência em Ponta Grossa. Independentemente de para onde for, o jogador não vai poder nem colocar a culpa na mulher. “Eu quero o que for melhor para a carreira dele”, garante Bruna, enquanto uma das filhas já reclamava ao fundo.

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