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Boleiros na faixa etária dos 26 anos, contrato médio de apenas 12 meses e possivelmente sem perspectiva de trabalho a partir de maio. Eis o perfil médio dos 108 jogadores – entre titulares e reservas – que entraram em campo domingo pelas equipes do segundo escalão do futebol paranaense.

Levantamento feito pela Gazeta do Povo com a ficha de inscrição de todos os atletas que jogaram na 1.ª rodada por Rio Branco, J. Malucelli, Londrina, Arapongas, Parana­­vaí, Cianorte, Toledo, Nacional e Operário revela que maturidade e relação trabalhista precária marcam o PR-2013.

Dentro da totalidade, um número impressiona: 62 (57,4%) profissionais utilizados por essas agremiações no domingo ficam sem emprego assim que um time der a volta olímpica no regional.

A pesquisa, com base no Boletim Informativo Diário da CBF, aponta o ACP – próximo adversário do Coritiba – como o clube com menor perspectiva para os atletas, em números absolutos.

Ao todo, dos 13 em campo pelo Vermelhinho, 12 encerram o vínculo com o time do Noroeste tão longo encerre o Estadual, em maio, dentro do prazo mínimo exigido pela Lei Pelé (90 dias). O atacante Leonardo é o único com estabilidade pós-regional, fechado até janeiro de 2016.

"O Paranavaí sempre fez contratos de curto prazo. Isso porque todos os anos, pela falta de calendário no segundo semestre, nós temos de fazer uma equipe nova. E esse é um dos problemas do ACP", admite o diretor de futebol da agremiação, Lourival Furquin.

Já no quesito ‘tarimba’, o Toledo é o campeão. O representante do Oeste – com base na escalação e substituições na derrota por 4 a 2 para o Londrina – tem uma média de 29 anos.

"Foi opção do treinador [Rogério Perrô] entrar com esses jogadores experientes. Eu gosto de trabalhar com eles porque, atleta, quando é mais velho, não tem problemas para negociar. Os mais jovens têm dificuldades nos acordos [salariais]", alega Irno Picinini, presidente do Toledo, equipe que recebe amanhã o líder Paraná.

Em relação ao prazo padrão de contratações, dois clubes despontam. Arapongas e Operário – que se enfrentam neste meio de semana – fecharam, com os 28 em campo utilizado por ambos no domingo, um tempo médio de permanência de 14 meses.

Na extremidade oposta dos índices está o Londrina – exceção à regra. Sob a gestão do empresário Sérgio Malucelli, o Tubarão optou por trabalhar com novatos – a média de idade do time na abertura foi de 24 anos – e contratos de quase dois anos.

A lógica é que o dirigente londrinense faz das negociações uma fonte de renda – não só a oportunidade de colocar uma equipe em ação.

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