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Ex-jogador, Claudemir Sturion é o técnico da equipe que veio da Série Prata do Estadual e a atual líder na elite | Ivan Amorin/ Gazeta do Povo
Ex-jogador, Claudemir Sturion é o técnico da equipe que veio da Série Prata do Estadual e a atual líder na elite| Foto: Ivan Amorin/ Gazeta do Povo

Sensação do Paranaense, o sucesso do Maringá só não é surpresa no próprio clube. Nem mesmo a animada torcida esperava ver na Série A embalo igual ao da avassaladora campanha do acesso em 2013. Antes da estreia, os prognósticos da imprensa na Cidade Canção não computavam, por exemplo, nenhum pontinho nos confrontos contra os grandes Coritiba e Paraná na largada do Estadual.

Não só passou ileso pelos grandes da capital, com duas vitórias, como arrancou outros três pontos do Arapongas e empatou com o J. Malucelli na campanha até agora invicta.

Líder do Estadual, a equipe mostra os resultados de um trabalho iniciado muito antes da arrancada bem-sucedida na competição e creditada nas contas de um conjunto coeso. Escolhido em boa parte pelo técnico Claudemir Sturion para a disputa da Série Prata, há oito meses, o grupo sofreu um único revés (em 21 jogos) na disputa responsável por recolocar a tradicional cidade na elite estadual após seis anos.

"Era um grupo muito bom. Por isso, fizemos um esforço grande para mexer o menos possível. Mantivemos 14 atletas daquele elenco e seis deles são titulares. Conseguimos trazer o Claudinho de volta, nosso artilheiro em 2013. Isso tem feito toda a diferença. Há comprometimento porque eles acreditam no trabalho", explicou o treinador com cinco acessos estaduais no currículo.

O êxito do clube ajudou a resgatar a torcida e a garantir um público respeitável. No domingo, 6.162 pessoas assistiram aos 3 a 0 sobre o Arapongas. A renda foi de R$ 111.462, superior aos R$ 100 mil mensais de orçamento na Segundona Paranaense. Entre os maiores apoiadores atuais está o Hospital Santa Rita de Maringá – além de benesses do poder público local. "Não podemos falar em valores, mas agora [a despesa] é quase a mesma coisa de 2013. Aqui somos pés no chão", comentou o diretor de futebol Paulo Regini, que atribui o sucesso ao bom ambiente no clube.

"Ano passado eu disse que seria difícil conseguir um grupo que tivesse um clima tão bom quanto aquele, onde todo mundo se dava bem, do porteiro ao presidente. Mas acho que até melhorou com os resultados. Ninguém acreditava, mas nós acreditávamos muito na gente", afirmou.

Com a credibilidade refeita, o clube aproveitou para lançar na semana passada o seu plano de sócios. O custo da anuidade é de R$ 348. "O Willie Davids lotado ajuda demais no desempenho da equipe na busca pelas vitórias e dos objetivos que temos no Paranaense", reforçou Paulo Regini.

Para valer a adesão, o Maringá quer materializar seu maior sonho. "Só o Estadual não adianta. Queremos pontuar o máximo possível para garantir uma vaga na Série D e garantir calendário o ano todo", disse o treinador, que diante de tantos motivos para comemorar não podia ter outro discurso para um líder inesperado. "Só não podermos nos empolgar demais", alertou.

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