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Para o meia Tcheco (à dir.), torcida terá papel fundamental na segunda metade do campeonato | Antônio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Para o meia Tcheco (à dir.), torcida terá papel fundamental na segunda metade do campeonato| Foto: Antônio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Entre vaias e aplausos o Coritiba se despediu do primeiro turno do Campeonato Paranaense. Embora a equipe tenha vencido o Roma neste domingo (26) pelo elástico placar de 5 a 0, nem tudo é festa no Alto na Glória.

Isso porquê o título dessa primeira etapa ficou com o Atlético e alguns jogadores foram bastante criticados. Lincoln sentiu na pele a pressão da torcida. Toda vez que o meia perdia a bola ou deixava de aproveitar uma oportunidade, os torcedores que compareceram ao Couto Pereira faziam um coro de reprovação.

De fato, o jogador perdeu diversas chances, inclusive um lance daqueles imperdíveis, em que estava sozinho de frente para o gol aos 35 do primeiro tempo.

O time vencia por 3 a 0 e as vaias continuavam, mas a resposta veio em forma de gol. Aos 15 do segundo tempo a bola foi levantada na pequena área e ele, Lincoln, mergulhou para cabecear e mandar para o gol do Roma. Foi o quarto gol coxa-branca e as vaias viraram aplausos.

Os aplausos predominaram também aos 26, quando ele deu lugar ao meia Everton Ribeiro. Mas as vaias anteriores incomodaram e causaram a reação de alguns jogadores, como o meia e capitão da equipe, Tcheco. "Alguns torcedores estão vaiando, pegando no pé de alguns dos jogadores e a gente pede um pouco de paciência. A gente está tentando o melhor. No segundo turno vai ser importante a confiança, e eles (os torcedores) têm que transmitir confiança pra nós", disse.

As vaias não ficaram restritas a Lincoln. O atacante Marcel, que entrou aos 18 do segundo tempo no lugar de Caio Vinícius, foi outro que sofreu com a reação negativa da torcida. O motivo também foi o mesmo: o excesso de gols perdidos.

Marcel teve boas chances de ampliar o placar e ouviu vaias a cada erro de finalização. O melhor jogador em campo, o meia Rafinha, autor dos dois primeiros gols do Coxa, foi outro que saiu em defesa dos companheiros. "Torcedor tem direito de aplaudir e de criticar. É válido, eles têm o direito. Nosso time tem que fazer a nossa parte e esquecer a torcida", disse ele, um dos artilheiros da equipe na competição.

A pressão sobre os jogadores não começou agora. Apesar da invencibilidade da equipe que perdurar, a sequência de três empates após a sexta rodada desagradou a torcida. Os ânimos se acalmaram um pouco após a vitória por 4 a 1 sobre o Operário, mas o empate no Atletiba azedou de vez a trégua que a torcida tinha dado a alguns jogadores.

Marcelo Oliveira, que nos próximos dias pode contar com o reforço do atacante Roberto, que deve ser confirmado para atuar já no segundo turno do estadual, defendeu o elenco coxa-branca. "Nós temos um bom elenco, competitivo, de boa qualidade", afirmou o técnico, que também disse contar com o apoio da torcida no segundo turno para conquistar o tricampeonato. "Dependemos do nosso trabalho, da nossa dedicação, de acreditar sempre e ter o torcedor do nosso lado".

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