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Cenci (de óculos) e Preisner no Prude: relação harmoniosa | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Cenci (de óculos) e Preisner no Prude: relação harmoniosa| Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo

O Prudentópolis, adversário do Atlético na abertura do Paranaense, sábado, às 17 horas, tem dois treinadores. No comando da inusitada comissão técnica do time do interior estão os experientes Ivair Cenci e Joel Preisner. Uma parceria que começou no Francisco Beltrão, em 2012, na Terceira Divisão do Estadual.

"Contando o tempo em que fui jogador e ele o treinador, já são 12 anos trabalhando juntos. Nos conhecemos bastante e nos entendemos bem", afirma Preisner, 41 anos. "Duas cabeças pensam melhor que uma. Não há nenhum problema tático entre a gente", acrescenta Cenci, 47.

Em casos como esse de "dupla identidade", a dúvida é sempre sobre quem dá a última palavra. No caso do Prudentópolis, o líder é Cenci. "Por ser mais experiente, é ele. Mas trocamos muitas ideias", admite Preisner. "Eu tenho uns 200 campeonatos nas costas. Ele entende que a última palavra é minha", emenda o treinador número 1.

Nos treinamentos, os dois dividem o trabalho para ter um melhor aproveitamento. Enquanto Cenci dá ênfase ao sistema tático, Preisner foca as jogadas ensaiadas e as finalizações, por exemplo. "Mas o pós-jogo é o que mata o trabalho do treinador e ter dois neste momento ajuda muito", garante Cenci.

Esse método tem agradado os jogadores. Pelo menos é o que garante o zagueiro Mario, que no ano passado se revezou como um dos capitães da equipe. "Eles têm o mesmo método de trabalho, mesmo esquema tático. Isso ajuda", diz o jogador. "Quando um corrige um erro do sistema defensivo, o outro auxilia o sistema ofensivo. Para a gente facilita muito e só quem tem a ganhar é o Prudentópolis", acrescenta.

Já na hora de comandar o time do banco de reservas, há um revezamento, já que apenas um pode ficar à beira do campo. A exceção ocorrerá apenas nos dois primeiros jogos do Paranaense, contra Atlético e Londrina, porque Cenci está suspenso por ter sido expulso na Série Prata do ano passado, quando era auxiliar. "Na hora do jogo o sangue ferve, mas dá certo [esse revezamento]", conta Cenci.

O discurso afinado dos comandantes também ocorre no objetivo do Prudentópolis na competição. "Nós subimos no ano passado, o primeiro ano na elite é difícil. Nosso primeiro objetivo é permanecer na Primeira Divisão. Se de repente conseguir ficar entre os oito melhores, ótimo", resume Preisner. "O nosso time é o que menos investiu, o de menor estrutura. O primeiro objetivo é não cair", explica Cenci.

O comando duplo não chega a ser uma novidade. Na Copa do Mundo de 2002, a seleção sueca era treinada por Lars Lagerback e Tommy Soderberg e chegou as oitavas de final, depois de passar por uma chave que tinha Argentina, Inglaterra e Nigéria, considerado o grupo da morte. No Brasil, o Grêmio Barueri, em 2009, chegou a ter três técnicos ao mesmo tempo: Toninho Moura, Luiz Carlos Goiano e Diego Cerri. Após cinco jogos sem vencer, o primeiro foi demitido, com os outros dois levando o time ao vice-campeonato do interior. Posição que agradaria em cheio o Prudentópolis.

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