Com menos brasileiros, Liga dos Campeões inicia fase decisiva

• 0

Quando a Liga dos Cam­­peões da Europa teve início, em setembro de 2012, 82 brasileiros estavam inscritos em 28 dos 32 clubes que disputariam a etapa de grupos. Hoje, no primeiro dia da fase eliminatória da competição, a esquadra nacional é composta por 42 atletas distribuídos entre 15 das 16 equipes. Uma redução proporcional em números absolutos, mas surpreendente pela perda de relevância nos grandes centros.

Veja quais são os confrontos desta semana das oitavas de final

Prova disso está na distribuição dos jogadores pelo mapa. Nessa fase, 26 atletas estarão alocados nos cinco países mais fortes da Europa (Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália). Segundo um levantamento do site Trivela, na temporada 2009/2010 eram 43.

Ao todo, 47 brasileiros ficaram pelo caminho na competição. Na contramão, sete foram adquiridos para a fase decisiva do torneio.

Curiosamente, as transferências de maior valor na janela realizada em janeiro foram de brasileiros. Entre as cinco mais valiosas, quatro são de atletas nacionais. A mais cara foi a do atacante Lucas, que trocou o São Paulo pelo Paris Saint-Germain (França) sob a quantia de 43 milhões de euros (equivalente a R$ 113,5 milhões).

Na sequência está a saída do meia Willian do Shakhtar Donetsk (Ucrânia) para o Anzhi Makhachkala (Rússia), que rendeu um total de € 35 milhões (R$ 94,1 milhões). O único estrangeiro é o atacante italiano Mário Balotelli, que deixou o Manchester City rumo ao Milan pelo valor de € 20 milhões (R$ 53,8 milhões).

Fecham a lista a contratação do atacante Taison pelo Shakhtar (€ 15,24 milhões ou R$ 40,98 milhões) e a volta de Alexandre Pato ao Brasil, no Corinthians, sob o custo de € 15 milhões (R$ 40,34 milhões).

Hoje, na estreia do quadrangular, alguns dos brasileiros na Europa entram campo. Lucas vai junto com o PSG, vencedor do grupo A, à Espanha encarar o Valencia. Na outra partida, o campeão escocês Celtic recebe a Juventus, que volta a disputar o "mata-mata" após quatro anos.

Amanhã dois campeões europeus se enfrentam. O Real Madrid, maior vencedor do torneio, com nove títulos, recebe no Santiago Bernabéu o Manchester United (Inglaterra), que visa sua quarta taça europeia. Além disso, o Shakhtar Donetsk inicia em casa sua segunda participação nas eliminatórias – em 2009/2010, o clube chegou as quartas de final – contra o Borussia Dortmund, que terminou em primeiro na chave D, invicto.

Na terça-feira (19), o espanhol Málaga, que em sua estreia se classificou às eliminatórias em primeiro no grupo C, encara o experiente Porto, em Portugal. E o Arsenal, segundo do grupo B, joga em Londres contra o Bayern de Munique, vice-campeão do ano passado.

E na quarta-feira (20), outros dois vitoriosos europeus batem de frente. O Milan, dos atacantes Robinho e Balotelli, é visitado pelo vice-campeão espanhol Barcelona, penúltima equipe a conquistar a taça europeia e primeiro da chave G. Por fim, o Galatasaray (Turquia) joga contra o Schalke 04 (Alemanha).

A final da Liga dos Cam­­peões está marcada para o dia 25 de maio, no Estádio de Wembley, em Londres, às 18h45 (de Brasília).

MercadoCrise impacta investimentos no futebol europeu

A crise econômica mundial repercutiu nas contratações do futebol europeu. Segundo dados da empresa Primetime Sport, o gasto com jogadores no Velho Continente foi 7,4% menor em relação à temporada passada.

Entre os cinco principais campeonatos da Europa, o que mais sentiu o impacto negativo foi o Espanhol, que durante muito tempo esbanjou em suas negociações. O país investiu apenas 140 milhões de euros (127,7 milhões no verão e 12,3 milhões no inverno), uma queda de 61,9%.

Somente o Campeonato Alemão (33%) e o Inglês (20%) aumentaram seu investimento na temporada 2012/2013, considerando os mercados de verão e inverno. O Campeonato Francês manteve o investimento, enquanto o Italiano (-21%) e o Espanhol foram os dois que menos contrataram.

Em números absolutos, a Inglaterra foi quem gastou mais, com € 763 milhões investidos em contratação de jogadores, seguida da Itália (426 milhões), Alemanha (271 milhões) e França (247 milhões).

Entre os clubes, o Paris Saint-Germain (França) lidera o ranking de investimentos pelo segundo ano consecutivo, com € 147 milhões gastos em contratações.