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Dirceu Krüger pendurou as chuteiras em 1976. São quase 39 anos exercendo diferentes funções fora das quatro linhas. Período em que viu centenas de jogadores vestirem verde e branco. Nenhum melhor que Alex. A Gazeta do Povo ouviu o ídolo do Flecha Loira, que guarda com carinho o fato de ter sido ele o primeiro a dar a Alex a braçadeira de capitão. Confiança acompanhada de uma profecia: “Você vai carregar essa responsabilidade pelo resto da vida.”

Foi o que aconteceu com Alex até 8 de dezembro de 2014, quando ele encerrou sua carreira profissional. Foram 17 anos como capitão em todos os times que defendeu. E ele nunca soube exatamente por que Kruger deu tamanha responsabilidade a um garoto que ainda nem tinha completado 20 anos. Ou melhor, não sabia até a leitura da resposta de Krüger no fim deste texto.

Alex: “Cheguei no vestiário e a faixa estava em cima do meu uniforme”

“O Krüger tem uma importância muito grande na minha carreira. Ele foi o primeiro técnico que me deu a braçadeira de capitão. Foi em 1997. Perdemos um Atletiba no Pinheirão por 5 a 2 e quando chegamos ao Couto Pereira a torcida estava lá, protestando. O pessoal ficou com medo. Ninguém queria descer do ônibus. Eu disse que não era bandido e iria sair. Quando desci a torcida foi abrindo espaço e apesar de xingar, não houve agressão, e os outros jogadores puderam sair.

No jogo seguinte, em Francisco Beltrão, quando cheguei ao vestiário, estava a faixa de capitão em cima do meu uniforme. Achei que era engano, mas o roupeiro me mandou falar com o Krüger.

Ele me disse: ‘Vai lá. Assume essa responsabilidade que é sua. E você vai carregar para o resto da carreira’. Ele jogou no meu peito a responsabilidade e me assustei. Eu não estava recebendo a faixa de qualquer um, era do maior jogador da história do Coritiba. E ele estava certo. Porque fui campeão por onde passei. Mas o curioso é: perguntei em várias oportunidades o motivo e ele nunca me explicou por quê?”

Krüger: “Um menino e já era meu ídolo”

“Não precisa explicar. Ele era um líder desde pequeno. Tinha esse dom. Além da liderança, tinha inteligência. Eu ia aos jogos da base para vê-lo. E era imensamente agradável, tão gostoso e despertava a minha mais profunda admiração. Um menino e já era meu ídolo.”

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