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A avaliação do próprio Alex é de que não mudou muito desde que deixou o Coxa em 1997 | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
A avaliação do próprio Alex é de que não mudou muito desde que deixou o Coxa em 1997| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Muita gente busca o segredo da longevidade. No futebol, talvez a resposta esteja com o meia Alex. Dono de uma carreira profissional de quase 20 anos, hoje ele é um jogador de 35 com um rendimento de um atleta de 29, faixa que ronda o auge físico dos futebolistas. A avaliação é do departamento de fisiologia do Coritiba, que ficou impressionado com os testes do armador, que retornou em outubro do ano passado ao Alto da Glória.

"Ele é um caso atípico porque poderia classificá-lo com 29 ou 30 anos. Ele tem um histórico muito interessante, porque tem uma consciência importante como atleta e nunca apresentou uma lesão grave. Ele parece um garoto começando. Com a consciência que tem, ele joga até os 40 anos tranquilamente", atestou o fisiologia do Alviverde, Raul Osiecki.

A avaliação do próprio jogador é de que realmente não mudou muito desde 1997, quando saiu do Coritiba.

"Aprendi a hora que tenho de correr mais e a hora de correr menos. Fisicamente mudei muito pouco dos 19 aos 35 anos. Nunca fui rápido e não vou ser agora. Nunca corri muito e não vou correr agora. Nunca fui forte e não vou ser agora. A maneira como cresci no futebol colabora para que eu jogue algo parecido com o que jogava anos atrás. E um pouco melhor devido à experiência", comentou.

O período em que jogou no futebol europeu, entre 2004 e 2012, foi fundamental para que ele mantivesse um nível físico superior aos dos atletas em atividade no Brasil. Com o calendário mais espaçado, foi menos exigido.

Em oito anos no Fenerbahçe, da Turquia, atuou 378 partidas, o que dá uma média de 47 por ano –o Coritiba jogou 76 vezes apenas em 2012.

A exigência maior no futebol brasileiro obrigou o Alviverde a tomar alguns cuidados, com trabalhos físicos de readaptação, incluindo mais séries para melhorar força, potência e velocidade. "Lá [na Turquia] ele não tinha essa ênfase. Por isso estamos trabalhando individualmente para realizar essa readaptação", completou Osiecki.

Além dos cuidados do departamento de fisiologia, a comissão técnica também tem preparado Alex para enfrentar as intempéries do calendário do ano. O atraso para a estreia dele é um exemplo.

Amanhã ele entra em campo pela primeira vez no ano, contra o Colón, da Argentina, às 17 horas, no Couto Pereira. Depois encara o J. Malucelli na quinta-feira e o Paraná no domingo. Passada a semana cheia, a presença dele vai ser dosada para estar tinindo na parte final do Estadual e também na Copa do Brasil.

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