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Vista geral do setor Pro Tork, que conclui a Reta da Mauá e o Estádio Couto Pereira | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Vista geral do setor Pro Tork, que conclui a Reta da Mauá e o Estádio Couto Pereira| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo
  • Funcionários colocam as últimas cadeiras na arquibancada recém-reformada
  • Dos 38 camarotes na nova área do Alto da Glória, apenas 14 foram vendidos

O Atletiba de sábado, às 16h20, marcará a realização de um antigo desejo do Coritiba. Finalizada, a Reta da Mauá, chamada de setor Pro Tork, receberá no clássico a torcida alviverde pela primeira vez. "É um sonho de 40 anos que se torna realidade. Já tiveram vários projetos, mas nunca foi possível realizá-lo", comemora o presidente do Coxa, Vilson Ribeiro de Andrade.

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O dirigente revelou que a obra, anunciada há dois anos, só não foi entregue antes porque foi preciso fazer um reforço na estrutura do Couto Pereira, que completa 82 anos de inauguração neste ano. Com as alterações, a casa alviverde passa a ter ocupação máxima de 45 mil lugares, porém, por exigência do Corpo de Bombeiros, a praça esportiva estará liberada para 40 mil pessoas.

A obra custou R$ 16,6 milhões, dívida que o Coritiba espera resolver em cinco anos. E que, de acordo com Andrade, não significará endividamento. "O clube vai receber mais do que ganhava antes, quando o sócio do setor pagava R$ 85. Hoje paga R$ 199 [com 35% de desconto para mulheres e dependentes e 55% para crianças] e o valor total, retiradas as despesas de manutenção, é dividido meio a meio entre o clube e a empresa até que a obra seja paga", explicou.

No planejamento alviverde, se o setor amealhar 3,2 mil sócios – o espaço comporta 4,3 mil coxas-brancas (4,7 mil contando os camarotes) –, a dívida seria liquidada em 2,8 anos. A realidade, entretanto, está longe disso. A reportagem apurou que apenas 889 cadeiras foram vendidas, o equivalente a cerca de 20% do total. Eram 838 no começo de agosto.

Já dos 38 camarotes, que custam entre R$ 72 mil e R$ 90 mil, foram vendidos 14, ou seja, 37%. Dados considerados normais pelo presidente alviverde, esperançoso de que a abertura da área multiplique o interesse pelas cadeiras. "Acredito que esse número vai aumentar rapidamente com o novo setor funcionando. É normal isso porque o público quer ver a obra pronta. Existia um temor de que ela não acontecesse", argumenta Andrade.

Na tentativa de atrair os torcedores, o clube está realizando uma promoção para o Atletiba. Assim, sócios podem levar dois acompanhantes ao preço de R$ 30 por pessoa. Para adquirir esses ingressos, o associado precisa preencher um cadastro, imprimir o voucher e apostar no Coxa na Timemania. Não serão vendidas entradas avulsas para o setor Pro Tork.

O único inconveniente para quem resolver experimentar a área, que ontem ainda tinha algumas cadeiras sendo colocadas, está na grade de proteção do segundo anel. O item de segurança impede a visão do campo para quem senta na primeira fileira.

"Essa grade vai ser trocada por vidro. Foi uma economia que pensamos em fazer, mas já mandamos fazer os vidros e só precisamos esperar ficar pronto, em breve, para trocar", garante Andrade, lembrando que a nova obra fez com que os documentos de todo o estádio fossem colocados em ordem.

"O Coritiba era um sem-teto. Nós regularizamos toda a área do estádio, o que não existia antes. Está tudo registrado no IPPUC (Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba)", conclui o presidente do Coritiba.

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