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Bacellar e Vilson durante as eleições do Coritiba, no final de 2014. Clima cordial ficou no passado. | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Bacellar e Vilson durante as eleições do Coritiba, no final de 2014. Clima cordial ficou no passado.| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Após o Coritiba divulgar uma redução de suas dívidas, de um total de R$ 224 milhões para R$ 196 milhões, e o presidente do clube, Rogério Bacellar, afirmar que o “grande problema do clube é a dívida milionária”, o presidente anterior do Alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, defendeu o seu mandato. O ex-dirigente argumentou que muitos dos atuais benefícios do clube surgiram em sua gestão.

“O Bacellar utiliza um discurso marqueteiro e político”, afirma Vilson Ribeiro de Andrade, que foi presidente entre 2012 e 2014, mas desde 2010 detinha poder no clube como vice-presidente.

“Justificar eventuais maus momentos, normais em um clube de futebol, em gestões passadas ou pessoas, além de um ato covarde, demonstra total incompetência para encontrar os caminhos e soluções”, acrescenta o ex-dirigente.

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Em um documento enviado à Gazeta do Povo, também apresentado no Conselho Deliberativo do clube, Vilson Ribeiro de Andrade lembra que, quando chegou ao clube, em 2010, o Coxa estava com o estádio interditado, por causa da selvageria na última rodada do Brasileiro de 2009, além de 124 ações trabalhistas e 46 ações cíveis. Soma-se a isso a perda de 50% da receita de televisão por causa do rebaixamento, um quadro de apenas 2.500 sócios e um déficit de caixa em 2010 de R$ 75 milhões.

Veja na íntegra o dossiê sobre a última gestão encaminhado pelo ex-presidente

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“Se hoje o clube conseguiu diminuir a dívida, muito disso ocorreu por causa do Profut- programa do Governo Federal para renegociação das dívidas. Eu era o presidente da comissão dos clubes da Série A e B e acompanhei todo o processo de criação do Profut. Inclusive, nos três primeiros anos a atual gestão poderá pagar o valor equivalente a metade de cada parcela”, lembra Andrade. “Quando foi aprovado, eu recebi inúmeros agradecimentos dos clubes brasileiros. O Coritiba foi um dos únicos que não o fez”, lamenta.

O ex-presidente do Coxa ainda argumenta que o contrato com a Rede Globo, negociado por ele para o período entre 2016 e 2018, teve uma elevação de 56% e a atual gestão acabou beneficiada com isso. Além disso, o contrato com o Esporte Interativo, que rendeu um bônus de cerca de R$ 40 milhões, também ajudou o Coritiba, um benefício que o ex-dirigente não teve.

Outro lado

Procurado, o presidente Rogério Bacellar estava em Brasília e não falou com a reportagem. Via assessoria de imprensa o clube informou que “nossa demostração tem sido técnica, embasada em números, uma análise dos demonstrativos financeiros do clube e de informações apresentadas ao Conselho. Em momento algum falamos de nomes ou gestões, até porque trata-se de uma dívida histórica. Independentemente de qualquer coisa, esta diretoria vai manter o compromisso de saneamento financeiro do clube”.

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