Chamusca tem pior início de técnico no Coritiba neste século

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O começo de trabalho de Péricles Chamusca como técnico do Coritiba é o pior do clube neste século. Desde 2001, nenhum outro treinador teve resultados tão ruins nos cinco primeiros jogos como o atual comandante coxa-branca: quatro derrotas e apenas uma vitória.

Por causa da performance apagada, o Alviverde, com 34 pontos, só não está na zona de rebaixamento porque o Vasco perdeu ontem em casa para o Goiás por 2 a 0 e segue com 32.

No período, 15 pessoas estiveram no banco de reservas alviverde – foram 18 mudanças, com René Simões, Paulo Bonamigo e Ivo Wortmann em duas oportunidades. Quem ficou mais próximo do fraco desempenho de Chamusca foi Wortmann, em 2001, quando completou as cinco partidas iniciais com 40% dos pontos disputados, com uma vitória e três empates. Na outra ponta está Joel Santana, em 2002, que emendou cinco triunfos.

A média de aproveitamento de todos é de 60%, muito superior a que Chamusca conseguiu encaixar nas partidas contra Flamengo, Atlético, Santos, Vitória e Ponte Preta: 20%.

Até agora, o "fato novo" que pretendia o presidente Vilson Ribeiro de Andrade ao mudar o comando não surtiu efeito. O atual técnico substituiu Marquinhos Santos, demitido após a derrota para o Itagüí da Colômbia na Copa Sul-Americana, e pediu três semanas para colocar o Alviverde nos eixos. Esse prazo coincide com o jogo de domingo contra o líder Cruzeiro, às 18h30, no Couto Pereira.

Chamusca reconhece que o momento é crítico. De qualquer forma, diz estar preparado para começar de vez a recuperação no campeonato para livrar o Coxa do rebaixamento, algo que ele garante ter experiência. "Eu já vivi situações de tirar equipes de situações de rebaixamento. São momentos difíceis, mas tenho experiência", afirmou.

Tecnicamente, com o retorno de jogadores importantes como o zagueiro Leandro Almeida, o meia Alex e o volante Júnior Urso, o Coritiba tem se apresentado melhor, criando mais oportunidades do que nas partidas anteriores.

No entanto, segundo o comandante, o que falta é tranquilidade. "O mais importante neste momento é manter o aspecto emocional equilibrado, sem perder a confiança. Só a persistência vai tirar o time desta situação", completou.

Tranquilidade que vai passar necessariamente pelo comportamento da torcida no domingo no Couto Pereira. A diretoria aposta que os torcedores vão para apoiar, tanto que está ampliando as promoções para sócios e incentivando novas associações nesses últimos jogos do Brasileirão.