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Vilson Ribeiro de Andrade (à esq.) aposta no poder administrativo para seguir no comando do Coritiba; Rogério Bacellar Portugal prega uma gestão descentralizada caso seja eleito presidente alviverde | Henry Milléo/Gazeta do Povo; Aniele Nascimento
Vilson Ribeiro de Andrade (à esq.) aposta no poder administrativo para seguir no comando do Coritiba; Rogério Bacellar Portugal prega uma gestão descentralizada caso seja eleito presidente alviverde| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo; Aniele Nascimento

Fique ligado

Como funciona a eleição

• Local: Couto Pereira, acesso pela Rua Mauá.

• Horário: 10 h às 16 h.

• Votação: o sócio preenche a cédula à mão e escolhe entre as duas opções para o Conselho Administrativo e o Deliberativo. O Administrativo é eleito pela maioria dos votos. A formação do Deliberativo ocorre pelo sistema proporcional, de acordo com a regra do quociente eleitoral.

• Resultado: a previsão é de que seja anunciado até uma hora após o fechamento das urnas.

Conheça as chapas

Coritiba, nós construímos

Conselho Administrativo (G5): Vilson Ribeiro de Andrade (presidente); Omar Akel, Luiz Henrique de Barbosa Jorge, Leodir Bonilha e Rodrigo Florenzano (vice-presidentes).

Conselho Deliberativo: Francisco Bertoncello Júnior (presidente).

Coxa Maior

Conselho Administrativo (G5): Rogério Portugal Bacellar (presidente); André Macias, Ricardo Guerra, Gilberto Serpa Griebeler e Ernesto Pedroso (vice-presidentes).

Conselho Deliberativo: Pierpaolo Petruzziello (presidente).

O Coritiba realiza hoje sua maior eleição em 105 anos de história. Com a abertura para a participação de todos os sócios do clube, mais de 8 mil coxas-brancas têm direito a voto – contingente maior do que a população de 187 municípios do Paraná.

Duas chapas concorrem para comandar o Coxa pelo triênio 2015-2017. A Coritiba, nós construímos, liderada pelo atual presidente Vilson Ribeiro de Andrade. E a Coxa Maior, encabeçada por Rogério Portugal Bacellar.

Disputa entre inimigos conhecidos – os cinco nomes do G5 (Administrativo) oposicionista são membros do atual Deliberativo. E que conta com um elemento diferente: o apoio do recém-aposentado Alex, ídolo da torcida coritibana, à Coxa Maior.

Caso triunfe, Vilson Ribeiro de Andrade alcançaria oito anos como principal dirigente do clube. O ex-CEO do HSBC Seguros assumiu após o desastre do rebaixamento no Brasileiro em 2009, com a selvageria no campo do Alto da Glória que provocou punição drástica no tapetão–era vice de Jair Cirino, mas tocava o dia a dia do Alviverde.

O cartola surfou no sucesso por dois anos e meio. O Coritiba voltou à Primeira Divisão, levantou três taças do Paranaense (2010, 2011 e 2012), obteve recorde de vitórias consecutivas (24, em 2011) e foi vice-campeão da Copa do Brasil duas vezes seguidas (2011 e 2012).

"Nós recuperamos o Coritiba, que estava em uma situação difícil, trilhando um caminho negro", comenta Andrade, que em 2012 chegou a ser aclamado pela torcida organizada como "Vilson doido", referência ao canto de arquibancada "Coxa doido".

Entretanto, a lua de mel acabou. Em 2012, 2013 e 2014 o Coxa teve de brigar para fugir das últimas posições no Nacional. Neste ano, a salvação veio somente na penúltima rodada, com a vitória sobre o Atlético-MG. O tetra estadual (2013) não foi o suficiente para aliviar as cobranças.

O declínio do time fez Andrade buscar argumentos nas realizações fora do gramado, como a construção do setor Pro Tork, e o saneamento das finanças. "A dívida exigível do Coritiba hoje é de R$ 20 milhões. As dívidas fiscais, 50% estão vinculadas ao Refis e o restante entrará no Proforte", diz o candidato da Coritiba, nós construímos.

A chapa de oposição concentra a artilharia justamente no aspecto financeiro. "De 1909 até 2009 o clube devia R$ 50 milhões. De 2009 até 2014 deve R$ 200 milhões. Não se justifica em cinco anos aumentar essa dívida", ataca Rogério Portugal Bacellar, da Coxa Maior.

Cartorário e presidente da associação dos notários e registradores do Brasil (Anoreg-BR), Bacellar nunca foi dirigente. Saiu das cadeiras das sociais do Alto da Glória para encabeçar a mudança. "Quero levar para dentro do Coritiba minha experiência como tabelião e presidente da associação", diz o coxa-branca.

Os planos da chapa estão amparados em duas frentes. Para o futebol, um projeto foi elaborado pelo professor João Paulo Medina (Universidade do Futebol) – o estudioso será incorporado aos quadros do Coxa em caso de vitória dos oposicionistas. Na parte administrativa, o grupo aposta na transição feita por um dos candidatos a vice-presidente, Ricardo Guerra, do grupo empresarial Guerra.

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