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Um tropeço diante do Figueirense pode custar o cargo de Ney Franco no comando técnico do Coritiba. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Um tropeço diante do Figueirense pode custar o cargo de Ney Franco no comando técnico do Coritiba.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O jogo contra o Figueirense, neste sábado (31),às 21h, no Estádio Couto Pereira, é o mais importante do Coritiba em 2015. O resultado da partida está diretamente ligado ao futuro do time no Brasileiro.

Se vencer, diminui a pressão externa pela sequência de cinco derrotas seguidas e deixa a zona do rebaixamento. Se sair derrotado, perde ainda mais força e passa a precisar da ajuda de outras equipes para não sofrer mais uma queda para a Série B – seria a terceira em dez anos.

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O caminho para chegar à vitória, contudo, é pedregoso. Apesar de não ter um bom retrospecto em casa, afinal são apenas três vitórias nos últimos dez jogos, o Coritiba vai precisar da força do Couto Pereira para avançar e vencer o Figueirense, adversário que também está na luta direta contra o rebaixamento.

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Além do time catarinense, o Coxa terá pela frente na reta final ainda o Goiás e o Vasco, este na última rodada, que também lutam contra o descenso. Os outros três adversários – Corinthians, Santos e Palmeiras – jogam pelas primeiras posições. Ingredientes que depositam uma enorme pressão para todo o elenco.

O técnico Ney Franco é o mais pressionado. Além das vaias, da desconfiança e da pressão psicológica sofrida após a derrota do último domingo (25) para o São Paulo, quando alguns torcedores, inclusive conselheiros, tentaram invadir o vestiário, ele é ameaçado por gente de “dentro de casa”.

Na segunda-feira (26) um grupo de conselheiros foi ao presidente Rogério Bacellar pedir a demissão do treinador. O mandatário, porém, bancou o treinador.

Diante desse cenário, os jogadores trabalharam durante a semana sob forte tensão pela falta de resultados e sem a certeza de que o salário de setembro seria pago. Apenas nesta sexta-feira (30), com 60 dias trabalhados, os atletas receberam o que o clube lhes devia.

Para concentrar os jogadores exclusivamente na partida contra o Figueirense, o trabalho mais intenso foi psicológico. Antes dos treinos, conversas. O objetivo era o de resgatar a confiança do grupo, reorganizando o foco dos jogadores. “O Gilberto [Gaertner, psicólogo do clube] já vem há muito tempo com um bom trabalho, com atenção direta com o elenco. Conversamos sobre vários temas, especialmente o lado emocional”, comentou o treinador.

O zagueiro Leandro Silva, que retorna ao time após suspensão, encara o jogo como mais um desafio na quase eterna rotina de turbulências no Alviverde. “Desde que cheguei, o Coritiba viveu vários momentos turbulentos, com pressão da diretoria e dos torcedores. A gente entende a angústia do torcedor e a desconfiança, mas temos trabalhado para sair dessa situação. É o jogo que vai praticamente definir nossa permanência na Série A”, disse.

O técnico Ney Franco garante que problemas como as ameaças na porta do vestiário são parte do passado, e que o futuro imediato do Coritiba reserva uma vitória. “A cada sessão de treino o grupo vai se fechando mais e esquecendo o último domingo. O grupo está mobilizado para fazer mais do que fizemos nesses últimos cinco jogos”.

“O grupo entende muito bem o momento. Todos estão pressionados, mas durante todas as situações que enfrentamos, não tivemos nenhum problema disciplinar. Tudo que foi proposto em termos de treino e jogo eles fizeram. É um grupo de líderes. Não tem como não dar certo”, completou Ney Franco.

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