Coritiba conquista liderança tardia

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Foram necessárias oito rodadas para que o Campeonato Paranaense tivesse a lógica restabelecida. O que se via até então eram os times do interior, somados ao J. Malucelli, dominando a competição, intercalando-se na liderança e vendo o trio mais famoso pelo retrovisor. Mas, graças ao Coritiba, que venceu ontem o Toledo por 3 a 1, a ponta retornou a uma equipe do Trio de Ferro.

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Consequência do nítido acréscimo de qualidade com a presença dos titulares de Dado Cavalcanti, que foram poupados até o quinto jogo e recuperaram o Coxa. Com Alex, Deivid, Lincoln e companhia em campo, 100% de aproveitamento nas três partidas – o sub-23 fez somente 33% – e agora 14 pontos.

"A liderança era o nosso objetivo quando estreamos [na sexta rodada] e nossa obrigação era tirar a diferença das equipes que estavam na frente. No terceiro jogo dividimos a liderança e nosso objetivo é terminar em primeiro para jogar na próxima fase o segundo jogo em casa", projeta um satisfeito Dado Cavalcanti.

Não que tudo esteja dentro da normalidade. Longe disso. Apesar de o Coritiba estar na primeira colocação, a situação dos rivais locais ainda não é o que se imaginava. O Paraná segue no meio da tabela – é o sexto – com os mesmos 11 pontos do Operário, que está entre os quatro últimos que disputam o Torneio da Morte.

A decepção segue com o Atlético sub-23 do técnico estreante Petkovic, mesmo com a vitória de ontem sobre o Arapongas por 3 a 0, no Janguito Malucelli. Esse foi só o segundo triunfo do Rubro-Negro no Estadual. Tanto que continua na parte inferior da tabela, mais precisamente na 10.ª posição, a dois pontos da zona de classificação. Só que agora com algum lampejo de esperança.

"A vitória solidifica a campanha, dá moral. Espero que eles [jogadores] continuem acreditando", analisa Petkovic. "Eles têm de jogar com alegria, independente das cobranças do momento. Dessa maneira os resultados vão aparecer", completa.

Independentemente da situação de cada um, o certo é que ninguém está garantido nas quartas de final nem no Torneio da Morte. Culpa de um campeonato parelho. Do líder Coritiba ao Operário – o nono –, são apenas três pontos. Estendendo para o Atlético, são cinco pontos. Apesar de improvável, o Alviverde pode despencar e ficar de fora. E ao mesmo tempo, o Furacão pode avançar para as primeiras colocações.

Por isso a importância das três últimas partidas. O caminho coxa-branca é, teoricamente, mais simples, já que tem dois jogos em casa. O caso do Tricolor é o inverso, com o agravante que o confronto em casa é diante do Rubro-Negro, na rodada final. O Furacão pega dois destaques do Estadual – J. Malucelli e Maringá – antes de enfrentar o Paraná.