Valorizando o "nós", o técnico Marquinhos Santos retornou ao Coritiba com um discurso motivador, voltado para a união e a valorização do grupo. Postura essencial para a vitória sobre o Flamengo na quarta-feira, pela Copa do Brasil, que deu novo ânimo à equipe que enfrenta o Atlético-MG domingo, também no Couto Pereira, lutando para fugir da zona de rebaixamento do Brasileiro.
Após acompanhar a preleção do treinador antes da partida, o vice-presidente de futebol alviverde, Antônio Alves Pereira, o Toninho, elogiou a forma de Marquinhos se dirigir aos jogadores. "Em todas as conversas ele sempre falava na primeira pessoa do plural: nós precisamos sair dessa situação, nós podemos. Isso criou um sentimento maior de união", lembrou o dirigente, confiante que em breve poderá dar os reforços esperados pelo treinador, incluindo um centroavante, que já estaria com a negociação "engatilhada".
Marquinhos contou que dividiu em duas partes o papo que funcionou muito bem em campo: "Prefiro aliar na preleção a parte objetiva, da nossa tática e do adversário, com momentos mais fortes no que diz respeito à parte emocional".
Forma de trabalhar que o meia Dudu conhece desde quando trabalhou com o técnico nas categorias menores do clube. "É o estilo dele, sempre motiva bastante e isso ajuda. Na base já era assim, mexia até com a família", recordou. O jogador admitiu que o time passou a ter uma nova atitude após a troca no comando técnico. "Tínhamos o pensamento de sair dessa situação antes, mas com o Marquinhos isso aumentou ainda mais", disse.
A motivação extra foi facilmente perceptível no jogo contra o Flamengo, com o atacante Zé Love, por exemplo, vibrando muito após interceptar uma bola na linha de fundo. Desde a chegada de Marquinhos o ambiente se tornou mais leve no CT da Graciosa. O clima agradável se estendeu para a arquibancada do Couto Pereira, com um maior apoio da torcida.
"O grupo é bom, dedicado, trabalhador, entregou-se do início ao fim do jogo, a torcida percebeu isso e foi junto", avaliou o novo comandante, com palavras bem diferentes das usadas muitas vezes pelo antecessor Celso Roth, que não poupava de críticas jogadores que erravam ou a qualidade do elenco.
"Desde segunda vejo um ambiente de pessoas unidas e comprometidas. Estamos apenas buscando serenidade e que todos compreendam que há muito o que se fazer, por isso afastamos a euforia", avisou o motivador, fã do "nós".
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