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Após o término da partida, os jogadores do Coritiba cercaram o bandeira Émerson Augusto de Carvalho: queriam um impedimento que não ocorreu | Walter Alves/ Gazeta do Povo
Após o término da partida, os jogadores do Coritiba cercaram o bandeira Émerson Augusto de Carvalho: queriam um impedimento que não ocorreu| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo
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O jogo

O Coritiba venceu, mas não levou. Culpa do gol do atacante Marcelo Moreno, aos 44 do segundo tempo, que encerrou o triunfo alviverde por 3 a 2. Resultado insuficiente para classificar o time na Sul-Americana.

Foi uma daquelas "derrotas" que o torcedor demora – e muito – a esquecer. Derrota porque, mesmo vencendo o Grêmio, ontem, por 3 a 2, o Coritiba acabou eliminado da Copa Sul-Americana. Depois de sentir o gostinho da classificação até os últimos instantes, o Coxa viu o rival marcar aos 44 do segundo tempo o gol que, aliado ao triunfo dos gaúchos em Porto Alegre por 1 a 0 e ao regulamento, tirou o time de Marcelo Oliveira do torneio continental.

Ou seja, depois de dois vices seguidos na Copa do Brasil e de bater na trave no Brasileirão do ano passado, o Alviverde desperdiça mais um atalho para disputar a Libertadores. "É o regulamento. Era a oportunidade que tínhamos de passar adiante, mas descuidamos no final", resumiu Oliveira.

Descuido que tem sido comum nesta temporada coxa-branca. A defesa – a pior do Brasileiro com 34 gols sofridos – vem ficando marcada por ser vazada nos minutos finais. Foi assim em duelos recentes contra Corinthians, Vasco e Fluminense, por exemplo. Foi assim ontem, quando Marcelo Moreno, oportunista, calou o Alto da Glória, tirando a utilidade dos gols de Éverton Ribeiro, Roberto e Pereira – Elano marcou o primeiro gremista.

O lance que abreviou a passagem do Coritiba pela Sul-Americana revoltou os jogadores, que queriam que o assistente Émerson Augusto de Carvalho tivesse marcado impedimento (inexistente) de Marcelo Moreno. O bandeira é o mesmo que foi suspenso pela CBF por errar três vezes na mesma jogada que originou um dos gols do Santos no clássico contra o Corinthians, domingo –atuou ontem por ter sido escalado "previamente". O volante Chico era um dos mais revoltados. "Nós jogamos, buscamos o resultado, não foi por omissão", lamentou o treinador, que criticou também a marcação do pênalti que resultou no gol de Elano.

Agora, o Coxa volta suas atenções para o Brasileiro, onde a equipe é apenas a 15.º colocada, com 19 pontos, perto da zona de rebaixamento. "Lamentamos, era uma chance grande [de classificação], mas estamos fortes. O foco é no Brasileiro e vencer é fundamental para encerrar bem o primeiro turno", ressaltou Oliveira, falando da partida de domingo, contra o lanterna Figueirense, em Florianópolis.

Deivid fica mais perto do Coritiba

A busca do Coritiba por um camisa 9 tem um alvo preferencial: Deivid, de 32 anos, que perdeu espaço no Flamengo após as contratações de Adriano e Liedson. Ontem, após a eliminação do Alviverde da Sul-Americana, o empresário do atacante, Felipe de Lima Carrilho, se reuniu com o superintendente de futebol coxa, Felipe Ximenes, e com o presidente do clube, Vilson Ribeiro de Andrade. Na mesa, os últimos detalhes da transferência.

Deivid chegaria ao Alto da Glória para suprir a carência por um "fazedor de gols". Até o momento, o jogador fez seis partidas pelo clube carioca no Brasileiro, o que viabiliza a negociação. Em 87 jogos pelo Rubro-Negro, o atacante marcou 31 gols.

Bastante irritado após a decepção no torneio continental, Vilson Ribeiro de Andrade, por telefone, optou por não dar detalhes do negócio. "Não falei com ninguém, não estou nem com cabeça para isso", resumiu.

O candidato a camisa 9 alviverde tem contrato com o Flamengo até o fim do ano. O clube aceita liberá-lo, mas o jogador quer receber antes os cerca de R$ 8 milhões que tem direito por causa de impontualidade no pagamento de luvas e direitos de imagem. Para facilitar a transferência, os cariocas aceitam parcelar a dívida até o encerramento do vínculo e até pagar parte do salário do atleta, estimado em R$ 350 mil.

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